Em dois dias cumprirei a quinta capicua. Época para pensar no antes e em quem o fez. Nisso tenho saudades deste meu grande e querido amigo, aqui fotografado no Cabo Delgado há umas décadas já. Perdi o contacto com ele, conhecimento de antes do email, e depois nestas coisas de passarmos do hotmail ao yahoo e depois ao gmail. E também nisto de terem aparecido os telemóveis e de os perder e assim aos contactos tidos. Procurei-o, imaginando-o lá para Angoche, Unango ou até mesmo Namuno. Mas nada, nenhuma notícia! Agora aqui, até pela piada do reencontro, de esguelha indaguei-o em Anvers, Liège e até o perguntei, como quem não quer a coisa, em Scharbeek. Mas ninguém o conhece. Estranho, pois é, hoje em dia, era das redes sociais, difícil perder o contacto com um patrício que tenha tido caminhos e parceiros comuns. Talvez tenha já partido, sem me ter chegado a notícia. É uma pena, eu gostei dele - não no sentido erótico, que não era a nossa onda, que éramos e somos (se ele ainda cá estiver) daqueles "tóxicos", como agora gostam de dizer. Com ele, junto a ele, ombreando abraçando-o, por vezes mesmo beijando-o, as coisas, e até os outros, luziam. Agora é só assim.
Fazes-me falta, meu querido.