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(Postal para o És a Nossa Fé, invocando o saudoso Raúl Calane da Silva, falecido durante este 2021)
Hoyo-Hoyo Geny Catamo!
O moçambicano Geny Catamo estreou-se ontem pelo Sporting. E brilhou - ao que leio -, tendo sido fundamental no golo decisivo para a vitória - a 11ª consecutiva, e há 30 anos que o clube não tinha tamanha série no campeonato, só suplantada por uma sequência feita nos anos... 1940s.
Catamo tem 20 anos, foi formado no Maxaquene, veio para o Amora em 2018 e joga nos escalões juniores do SCP desde 2019. Ascende agora à primeira equipa, nesta tão bem sucedida era amorinesca, na qual tanto se acarinham e desenvolvem os jovens futebolistas. Melhor ambiente e melhor clube para a sua afirmação não poderia ter pedido. Que tenha muita saúde e muito sucesso é o meu desejo.
Hoyo-Hoyo Geny Catamo!
(Postal para o És a Nossa Fé)
Confesso que este folhetim em fascículos que vem decorrendo há já algum tempo ali no seio do popular clube sito nas cercanias da simpática Carnide me faz lembrar recuados tempos no nosso clube, com mais ou menos atrapalhadas presidências. Ainda assim conseguiram "chegar ao Natal". Enfim, goste-se ou não de Jorge Jesus, o consagrado técnico e mui adepto sportinguista, o que este romanesco episódio demonstra é que por aquelas bandas escasseia... presidência.
(Edward O. Wilson na Gorongosa, fotografia de Piotr Naskrecki)
Morreu agora nos seus 92 anos o grande Edward. O. Wilson, biólogo que foi um autor crucial nas últimas décadas. O qual - desde a sua primeira visita a África decorrida há cerca de uma década, já ele octogenário - se tornou paladino da preservação do Parque da Gorongosa, que tomou como causa pois considerando-o exemplo máximo de biodiversidade. E sobre o qual publicou o "Uma Janela Para a Eternidade".
Dessa investigação, e seus efeitos, a National Geographic publicou uma reportagem, com uma esplêndida recolha fotográfica (de Joel Sartore), que aqui exemplifico, para atrair atenções de hipotéticos interessados:
Deixo um pequeno filme sobre Wilson naquele terreno.
(The Guide: a bioblitz in Gorongosa, no sítio do Howard Hughes Medical Institute)
Como é óbvio a importância do trabalho do biólogo e do seu impacto em várias outras disciplinas muito ultrapassa a sua recente atenção sobre a ecologia em Moçambique. De um autor com tamanha e tão influente obra, mais do que botar algumas impressões pessoais sobre o seu impacto importa escutar e ler as suas palavras ou quem as conheça com intensidade, é essa a forma adequada de homenagem. Por isso deixo ligação para página com vários filmes de intervenções - todas de enorme interesse - de Edward O. Wilson. E ao seu obituário, escrito por Carl Zimmer, ontem publicado pelo New York Times.
(Postal para o meu mural de facebook)
Eu sou ateu, nisso um cristão cultural. Mas fui fraco leitor do (nosso) Livro e nunca o estudei, nem à sua exegese. Ainda assim sei que não é preciso ser qual franciscano para se ser bom cristão e que aquilo da renúncia é algo que foi dito como problemático. Bem como da inexistência de qualquer contradição entre o júbilo do Advento e a sua publicitação, numa festividade pessoal, interior, ou colectiva, pública. Mesmo assim há algo que me confunde, e cada vez mais com a idade o sinto: este é um ritual de esperança, de renovação. Nisso de afirmação da incompletude própria, da vontade de ascensão, do seu rogar. E isso nada a tem a ver com todas e tantas estas imagens nas redes sociais, pejadas do pecado da soberba, as mesas fartas, as famílias amorosas e alegres, as viagens magníficas, as casas bem-postas, sei lá mais o quê. Não é um "consumismo" que me afronta, isso que lhes faça bom proveito. É mesmo essa satisfação que patenteiam, as almas fartas, roliças até. Se esta gente vai tão feliz para que precisa do Natal? Para mim, o tal ateu, esta é a época da tal esperança, a de vir a ter tabaco e mortalhas para dar uso a estes filtros. E que nunca me falte o lume. Apenas isso. E acho que vou muito mais cristão que todos estes festivos lampeiros. Crentes.
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