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(Edward O. Wilson na Gorongosa, fotografia de Piotr Naskrecki)
Morreu agora nos seus 92 anos o grande Edward. O. Wilson, biólogo que foi um autor crucial nas últimas décadas. O qual - desde a sua primeira visita a África decorrida há cerca de uma década, já ele octogenário - se tornou paladino da preservação do Parque da Gorongosa, que tomou como causa pois considerando-o exemplo máximo de biodiversidade. E sobre o qual publicou o "Uma Janela Para a Eternidade".
Dessa investigação, e seus efeitos, a National Geographic publicou uma reportagem, com uma esplêndida recolha fotográfica (de Joel Sartore), que aqui exemplifico, para atrair atenções de hipotéticos interessados:
Deixo um pequeno filme sobre Wilson naquele terreno.
(The Guide: a bioblitz in Gorongosa, no sítio do Howard Hughes Medical Institute)
Como é óbvio a importância do trabalho do biólogo e do seu impacto em várias outras disciplinas muito ultrapassa a sua recente atenção sobre a ecologia em Moçambique. De um autor com tamanha e tão influente obra, mais do que botar algumas impressões pessoais sobre o seu impacto importa escutar e ler as suas palavras ou quem as conheça com intensidade, é essa a forma adequada de homenagem. Por isso deixo ligação para página com vários filmes de intervenções - todas de enorme interesse - de Edward O. Wilson. E ao seu obituário, escrito por Carl Zimmer, ontem publicado pelo New York Times.
(Postal para o meu mural de facebook)
Eu sou ateu, nisso um cristão cultural. Mas fui fraco leitor do (nosso) Livro e nunca o estudei, nem à sua exegese. Ainda assim sei que não é preciso ser qual franciscano para se ser bom cristão e que aquilo da renúncia é algo que foi dito como problemático. Bem como da inexistência de qualquer contradição entre o júbilo do Advento e a sua publicitação, numa festividade pessoal, interior, ou colectiva, pública. Mesmo assim há algo que me confunde, e cada vez mais com a idade o sinto: este é um ritual de esperança, de renovação. Nisso de afirmação da incompletude própria, da vontade de ascensão, do seu rogar. E isso nada a tem a ver com todas e tantas estas imagens nas redes sociais, pejadas do pecado da soberba, as mesas fartas, as famílias amorosas e alegres, as viagens magníficas, as casas bem-postas, sei lá mais o quê. Não é um "consumismo" que me afronta, isso que lhes faça bom proveito. É mesmo essa satisfação que patenteiam, as almas fartas, roliças até. Se esta gente vai tão feliz para que precisa do Natal? Para mim, o tal ateu, esta é a época da tal esperança, a de vir a ter tabaco e mortalhas para dar uso a estes filtros. E que nunca me falte o lume. Apenas isso. E acho que vou muito mais cristão que todos estes festivos lampeiros. Crentes.
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