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Nenhures

Nenhures

06
Fev22

Tardi por Tardi

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Em meados da década de 1970, a nossa revista semanal "Tintin" era um verdadeiro luxo. Sob os célebres arrais Vasco Granja e Dinis Machado - este que viria a botar o tão influente "O Que Diz Molero", uma pérola...-, agregava o que era publicado na "Tintin", na "Pilote" e ainda na "Spirou", conjugando a "ligne claire" (dita de Bruxelas) com  "escola de Marcinelle".*  Pouco depois dos meus 10 anos, na era do PREC, nela houve uma "revolução coperniciana". Foi a introdução de autores que então pareciam menos atreitos canónicos, como Derib, Auclair, Cosey, etc. E Pratt, ainda para mais chegado no preto-e-branco que a tantos desagradou. Essas novidades provocaram uma enorme polémica no sempre animado "correio dos leitores" - verdadeiro prenúncio das "redes sociais", poderemos dizer se hoje revisitarmos a revista -, opondo os (jovens) "conservadores", militantes dos heróis já estabelecidos, aos "(jovens) turcos", paladinos das inovações havidas. Descobri-me "centrista", na concertação entre o afã jubiloso com que perseguia as odisseias de Comanche, Alix, Clifton, Blueberry e as de Jonathan, Simon du Fleuve ou Buddy Longway.

Pouco depois, e ainda na minha puberdade, surgiu a brevíssima revista dedicada ao Spirit (talvez seis números apenas), assim descobrindo Will Eisner que logo me encantou. Depois fui crescendo e chegando a outras revistas, outros autores e heróis. Mas antes havia tido uma excepção no meu encantamento: nunca tinha entrado em Tardi, de que fora publicada o início da série Adèle Blanc-Sec ainda na minha adolescência. Pois a este autor só quando adulto vim a aderir. E muito. 

E sim, ele é o homem da I Guerra Mundial, da absurda hecatombe dos poilus, obsessão temática que ele próprio reconhece. Quando se celebrou o centenário do Armistício em Portugal - entre um gigantismo militarista totalmente anacrónico e um discurso falsário do presidente da República (que teve o desplante de apresentar a participação portuguesa como se fosse dotada do conteúdo de uma participação na II Guerra Mundial, se associada aos Aliados) - botei, em cima das minhas memórias de Tardi, a minha repugnância por tais dislates. Sublinhada por estar então a viver na Bélgica, onde as comemorações (bem mais sentidas, como é óbvio) estavam despojadas de tais militarismos, patéticos triunfalismos e falsidades históricas. Enfim, foi a Tardi que recorri, tamanha a influência que ele teve na minha visão da nossa História. E o encanto que tenho diante da sua obra gráfica. 

Por isso aqui deixo duas entrevistas em registo autobiográfico: estaao longo de cinco "fascículos" radiofónicos. E uma entrevista audiovisual: 

* Para uma breve história da revista "Tintin" portuguesa ver este artigo de Carlos Maria Bobone; sobre as "escolas" (tendências) da banda desenhada belga ver este postal de Agnés Deyzieux. 

05
Fev22

A Presidência da Assembleia da República

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(Postal para o Delito de Opinião)
 
Ainda nem acabou a contagem dos votos e já reina a primeira polémica da próxima legislatura, sobre a (vice-)presidência da Assembleia da República, com efervescentes opiniões sobre se deverá ou não o partido CHEGA ascender até a esse palanque, no qual consuetudinariamente se agregam representantes dos diversos grupos parlamentares. O relevo desta matéria é, acima de tudo, o de denotar como o debate político está transviado.
 
1. Muitos contestam a pertinência de que alguém do partido CHEGA assuma uma posição relevante na Assembleia da República, devido às antipáticas posições que aquele vem veiculando. Estique-se esse argumento até ao limite, um modo algo acurado de entender da robustez de um argumento: se em próximas eleições democráticas esse partido obtiver a maioria absoluta (longe vá o democrático agoiro) os outros partidos recusar-se-ão a ocupar os lugares e funções parlamentares para as quais tiverem sido eleitos, devido a discordarem de uma coabitação com o CHEGA? Pois agora é exactamente essa a lógica que defende uma exclusão parlamentar desse partido. 
 
Há também a questão do perfil político do deputado Pacheco de Amorim, apontado pelo seu partido como candidato a vice-presidente. E essa também deve ser abordada, pois esta eleição interna ao parlamento passa por um sopesar pessoal. E, para frisar este aspecto, lembro que há uma década o PSD propôs para presidente da Assembleia, e repetidamente, o seu deputado Fernando Nobre (sobre o qual eu bem resmungara o seu inapropriado reaccionarismo cultural - algo que agora alguns não deixarão de concordar, vendo-o tão mistificador anti-vacinas, qual opositor oriundo desse estapafúrdio caldeirão ideológico anti-sanitário, uma verdadeira mistela new age/"marxista cultural"/alt-right alérgica à pérfida "biomedicina" capitalista). Algo que foi considerado inapropriado pelos deputados, tendo depois sido eleita Assunção Esteves, ainda que candidata oriunda do mesmo partido. 
 
Agora a pertinência - e mesmo a legitimidade democrática - da eleição de Pacheco Amorim é refutada devido à sua anterior militância no MDLP, organização que desenvolveu acções armadas contra partidos de esquerda logo após o 25 de Abril, e sobre a qual sempre correu que tinha uma ligação - ideológica, afectiva, porventura até organizativa - com o antigo presidente Spínola. Ora, e se assim foi, torna-se importante lembrar que o Marechal Spínola foi, após o seu exílio - e com extremo ênfase simbólico -, reintegrado na genealogia do regime democrático. E que, como tal, isso pelo menos implicitamente abarcou os seus então compagnons de route.
 
E neste caso é interessante notar que muitos dos mais exaltados invectivadores de Pacheco de Amorim, dizendo-o envolvido em manobras políticas violentas pós-25 de Abril, foram durante 2021 grandes paladinos da consagração póstuma de Otelo Saraiva de Carvalho (sobre isso botei aqui). Ora, e como também botei a esse respeito, estabeleceu-se na sociedade portuguesa um consenso de "que houve desmandos no PREC, houve violência (encetada pelos assassinatos perpretados pelos agentes da PIDE em 25 de Abril), mas que se constituiu um posterior consenso de que "o que aconteceu no PREC ficou no PREC.". Um consenso que os adeptos da extrema-esquerda (e de uma facção da esquerda PS) ainda querem deturpar, alargando-o para os desmandos assassinos ocorridos já após a institucionalização da normalidade democrática (pós-Constituição, para facilitar). Ou seja, os cultores de Otelo Saraiva de Carvalho não têm qualquer legitimidade intelectual (e como tal política) para negarem a pertinência de uma pretérita associação ao movimento anti-comunista MDLP como factor de elegibilidade democrática. E o historial da democracia portuguesa não suporta esse tipo de inviabilização, mesmo que por vontades de sectores mais abrangentes da sociedade. Isto não impede que se vote, racionalmente, contra o deputado, por discordância face ao seu perfil pessoal e/ou às suas opiniões políticas. Mas não permite que se clame qualquer ilegitimidade individual.
 
2. Todo este ruído sobre a (vice-)presidência parlamentar, e nisso sobre a relação com o CHEGA, torna-se um verdadeiro biombo que esconde a encruzilhada fundamental do regime neste início da legislatura. Pois em termos parlamentares o que é realmente relevante é quem proporá o PS para a presidência da Assembleia, estatutariamente a segunda figura do regime. Isto não será apenas uma dimensão simbólica. E menos ainda se prende a presumíveis capacidades individuais de dirimir o regimento do parlamento. Neste momento é, acima de tudo, uma mensagem para os agentes políticos e para a população, um sinal denotativo do estado em que se encontra o PS no dealbar desta legislatura que prosseguirá com a sua maioria absoluta.
 
Sobre o assunto as cúpulas do PS já colocaram a imprensa a ecoar dois presumíveis candidatos, num óbvio "apalpar do terreno", interno ao partido e junto da opinião pública. Um dos nomes aventados é Augusto Santos Silva, que muito provavelmente virá a ser eleito deputado (candidato no círculo "Fora da Europa"). Grande intelectual e homem de vastíssimo currículo governativo, sem qualquer dúvida que tem - e apesar de um passado, já algo longínquo, de polemista abrasivo - um conteúdo "senatorial" que se adequará a esse cargo. E é provável que, em querendo eximir-se às exaustivas funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, não se desinteressará desta hipótese.
 
Mas a outra propalada candidata é Edite Estrela, anterior vice-presidente da Assembleia, cuja apresentação ao cargo é sempre acompanhada pelo enfoque na valorização das mulheres em cargos políticos. Ora o simples facto de se ensaiar esta candidatura através das correias de transmissão para a imprensa - e já nem digo caso ela se venha a efectivar - significa a inexistência de uma verdadeira reflexão interna no PS, demonstrando uma insensibilidade ética partidária, e de como é nesse ambiente de pérfida irresponsabilidade que se prepara para se articular com o país.
 
Durante a campanha eleitoral António Costa sossegou-nos face à hipótese de uma maioria absoluta, dado que o Presidente da República seria um impedimento de hipotéticos excessos do seu partido. E, depois, logo no seu discurso de vitória eleitoral reiterou que essa maioria não promoveria desvios autocráticos do seu partido. Tornou-se mais do que evidente que, antes e depois das eleições, Costa nos queria afiançar que não se virão a repetir os execráveis desmandos - não só pessoais - acontecidos durante a governação de José Sócrates, ainda que a este não nomeando - como é óbvio que não o poderia fazer.
 
Mas o "soprar" da hipótese de Estrela para nº 2 do Estado vem completamente ao invés dessa promessa de justeza na condução dos assuntos públicos, de definitivo apartar do legado político socratista. João Miguel Tavares já lembrou aos mais distraídos as íntimas relações, pessoais e políticas, entre Edite Estrela e José Sócrates, as quais - se o objectivo é garantir à população que não se repetirão os desmandos do socratismo -  deveriam ser suficientes para inibir qualquer hipótese de atribuir à deputada quaisquer funções de efectiva relevância. Pois elevar Estrela a um posto desta relevância significa a perenidade do socratismo, da "costela socratista" do PS, a ausência de uma auto-crítica partidária e do necessário expurgar dos agentes coniventes com o pior período da democracia portuguesa.
 
Mas há mais razões, mais actuais, não só para contestar a ascensão de Estrela a tais funções, como também de lamentar o simples aventar dessa hipótese. Não é preciso fazer uma grande memória sobre o que aconteceu o ano passado. Face à extrema crise provocada pelo Covid-19, na qual Portugal chegou a ser, durante o Inverno passado, o país mais afectado do mundo em termos absolutos, foi encetado o urgente processo de vacinação. Uma tarefa que exigiu um grande empenho da administração estatal e uma grande adesão cívica da população. Ou seja, algo que foi (e ainda é) de suprema relevância política.
 
Como sabemos o processo começou com alguns problemas organizativos. Mas também com vários casos de fraude vacinal, promovidos por alguns integrantes do sistema de saúde e por políticos com influência decisória, aproveitando essas influências para se vacinarem indevidamente. O eco mediático dessas fraudes incrementou a ansiedade da população, já de si extrema, perigando a necessária confiança nas instituições estatais para que o processo fosse bem sucedido através da adesão generalizada. Foi então preciso reestruturar o processo de vacinação, mudar as suas chefias, para optimizar o seu funcionamento mas também para trancar esse nepotismo sanitário. E assumir o valor fundamental da equidade vacinal. Como sabemos, e felizmente, a vacinação nacional teve enorme sucesso, demonstrando que o povo está disponível para ser mobilizado pelo Estado desde que a administração seja competente e surja decente.
 
Será agora conveniente lembrar que, ao que então constou - ainda que as notícias sobre o assunto sejam parcas é certo que não há desmentidos disponíveis nos arquivos digitais, e portanto é totalmente curial aceitar a veracidade deste facto -, antes dessa reestruturação administrativa se vacinou indevidamente o marido da agora putativa candidata a nº 2 do Estado, e então já responsável da organização da vacinação contra o Covid dos deputados. Não se trata de criticar alguém apenas pelos actos do seu cônjuge, como é tantas vezes comum e até injusto. Pois esta é uma matéria política, de extrema relevância - o que foi mais importante do que a luta contra a pandemia e a mobilização dos cidadãos para as políticas de prevenção anti-Covid 19 nos dois últimos anos? E é evidente, todos o sabemos, que ninguém - até pelo facto de se tratar de um processo sequencial - se vacinou à revelia dos seus cônjuges coabitantes.
 
Neste contexto é mais do que óbvio que alguém que tenha compactuado com fraudes destas (repito, se as notícias foram certas) - por mais humanamente compreensível que seja a angústia pela saúde dos amados - não pode ocupar funções políticas. Muito menos a presidência da Assembleia da República. E o PS, se se quer anunciar como um partido de boas práticas democráticas, tendo ultrapassado a deriva nepotista e clientelar que o minou há alguns anos, não pode fazer ascender esta sua deputada a funções de relevo. Aliás, nem sequer a devia ter candidatado à Assembleia, quanto mais à presidência desta. Não só pela sua conivente intimidade com o período socratista mas também por esta afronta ao contrato social que uniu o país durante a crise pandémica.

05
Fev22

A poesia do criticismo

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"A tia Júlia ... em qualquer circunstância, no seu tom invariavelmente nasalado, proferia os seus comentários mais corrosivos e acutilantes que se possa imaginar: uma espécie de poesia do criticismo, da acusação e do insulto. Era sempre criativa, e perdoava muito poucas ofensas." (Saul Bellow, "Memórias de um filho de um contrabandista", Granta 1, 2013, tradução de Inês Hugon)

02
Fev22

O Professor Sem Medo

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Na ressaca eleitoral, Boaventura Sousa Santos invoca-se húmus teórico do Bloco de Esquerda e sentencia a sua actual coordenadora, numa invectiva que se quer letal pois assumindo-se qual Professor Sem Medo face a uma afinal assim até salazarenta Catarina Martins - esta agora decerto que duplamente dorida, pela derrocada nas urnas e pela tonitruante reprimenda do Founding Father.

Mas o que me é relevante não são as querelas sucessórias ali decorrendo. E sim as interpretações sobre o acontecido. O dr. Ba, aclamado activista avesso ao "apartheid" português - como nos classifica um teórico do "racismo sistémico" (ou "estrutural") -, já elucidara algumas das mudanças no painel parlamentar, explicitando-as como a ascensão de uma "Nova Direita" qual a suspeitosa "alt-right" mais ou menos global. A qual, no seu elevado parecer, se traduz agora numa vintena de monos parlamentares fascistas, racistas e neoliberais. Esta interpretação não diverge muito da generalizada entre bem-pensantes, particularmente propensos à interjeição "neoliberal", esse apupo simplório que acalenta a demonização de tudo o que não seja arreigadamente estatista.

Aliás, algo a latere, recordo o que após a votação me disse uma queridíssima amiga ("que nariz, que nariz..."): "esses betos [IL, entenda-se] em quem votaste são uma distopia anunciada". Respondi-lhe, algo desabrido (mea  maxima culpa, piorada devido ao referido "que nariz..."), remetendo-a para a página do partido Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, convocando-a a melhor reconhecer os traços da perfídia distópica, tão certeiramente denunciados pela Iluminista "esquerda" lusa. Mas recupero essa breve conversa porque me é exemplo de uma versão interpretativa sobre esta parcela da tal "alt-right", racista, fascista e neoliberal, portuguesa: a de que é um movimento de classe média alta, os tais "betos", assim nada desapossada mas apenas gulosa.

Ora o que agora é significante, e terá que ser integrado na análise sobre este movimento fascizante, é o contributo do Professor Sem Medo. O qual aparenta ter uma visão algo diversa. Pois Boaventura Sousa Santos enuncia as causas destes votos nos distópicos liberais. Para ele, estes não são votos ancorados em qualquer razão, numa avaliação mais ou menos ponderada da situação nacional e do seu enquadramento internacional, mesclando expectativas individuais com anseios para o país, num saudável patriotismo, mesmo que este erróneo ou até errático. Bem pelo contrário, os votos no tal partido distópico, são fruto da emoção, numa reacção irracional face à crise potenciada pela pandemia, sendo assim um fenómeno de "ressentimento" - um ressentimento de camadas sociais decerto que provocado por se encontrarem estas desapossadas, tanto em termos reais como de expectativas, presumo - que se reflecte num ressentimento invidual condutor das opções de voto, propiciador da adesão ao cruel culto do "darwinismo social".

Parece assim óbvio - e disso quero informar a minha queridíssima amiga, bem como alguns outros que com ela partilhem a interpretação do que vai acontecendo - que este distópico, fascista-racista-neoliberal, movimento de retórica liberal (a tal IL, recordo) não se limita aos tais privilegiados "betos". Ainda para mais se aceitarmos o óbvio, e tantas vezes repetido por sociólogos: isso de que Portugal continua a ser uma sociedade bastante estratificada, onde os privilégios de classe (os dos tais "betos") seguem impunes. Será, como o anuncia o Professor Sem Medo, um movimento irracional, desprovido de Razão, dos descamisados (ou, vá lá, "colarinhos brancos" puídos), ressentidos.

Há pois que actualizar, seguindo neste sentido, a interpretação do processo actual nacional. Pelos vistos é isto que a Sociologia nos ensina.

01
Fev22

Sondagens Eleitorais

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Desde que, há cerca de 30 anos, irrompeu nas "noites eleitorais" televisivas, então ainda muito jovem, Pedro Magalhães tornou-se uma espécie de Senhor Sondagens. Durante muitos anos foi bloguista, no esclarecedor Margens de Erro (antes aqui). Anteontem, em plena azáfama eleitoral, o programa Vamos Beber Um Café E Falar Sobre Isso da RTP2, do meu co-bloguista José Navarro de Andrade, esmerou-se em acutilância e transmitiu uma entrevista na qual Pedro Magalhães esmiuça métodos e obstáculos da construção de sondagens, tudo em linguagem mais do que acessível a leigos.
 
Não podia ter sido melhor o momento para esta verdadeira lição. E que também serve para encolhermos os ombros diante dos furiosos das teorias conspiratórias, esses que vêm nefastas mãos invisíveis atrás dos desacertos das sondagens. Enfim, aqui deixo a ligação, meia hora preciosa para quem se interesse sobre o assunto. E vale bem mais do que estar a fazer "scroll down" num feixe de iras políticas...
 
 

(Vamos Beber Um Café e Falar Sobre Isso, RTP2, 30.1.22, entrevista a Pedro Magalhães)

01
Fev22

O Agente Provocatório

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O dr. Ba tem todo o direito de apelar a uma "luta sem quartel", mobilizando os apoiantes para acções extra-parlamentares. E só exagerados podem ver nesta proclamação um incentivo à violência. Pois decerto que o activista se refere a uma luta política. O dr. Ba também tem o direito de considerar os "vinte" eleitos (os da IL e do CHEGA) como "racistas", "fascistas" e "neoliberais", amalgamando-os via hífens. A única coisa que pode surpreender é saber que a Assembleia da República contrata o dr. Ba, o qual tem este entendimento do que é "racismo", como consultor exactamente sobre "racismo". Enfim, ainda agora isto recomeçou...

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Bloguista

Livro Torna-Viagem

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