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Leio agora mais um, apenas mais um, a protestar que a ONU não "serve para nada", velho argumento que por cá nos últimos anos vem associado à pirraça da crítica a Guterres. Desta vez é um deputado, e é usual ler isso de "opinadores", alguns da imprensa mesmo, políticos na prateleira, altos quadros da função pública, médios empresários que andam pela "rede", técnicos com currículo ansiosos da tecnocracia, e todos usualmente nisso bem seguidos pelos latagões das teclas.
É certo que a cada um as suas asneiras, é isso um direito inalienável. Mas em relação a esta, pomposa, o da "inutilidade da ONU", é mesmo sinal de ignorância, até abjecta pois em gente que quer opinar, e se apresenta como douta nisso. Gente ignorante e até imbecil, pois crente na panaceia, e irando-se contra o que (afinal, bramem) não o é. Gente paroquiana, mesmo se de passado de turismo sexual ou gastronómico, incapaz de perceber o que tem sido o mundo das últimas décadas com a ONU. Gente bruta, incapaz de analisar para além da raivazita contra o tipo de um partido de que não gostam - sim, o PS do qual Guterres é membro é um inibidor do desenvolvimento de Portugal, mas não é essa a questão.
Repito-me, é gente tão ignorante que em 2022 ainda acredita no mito da panaceia. E que contesta a ONU por não o ser. E os brutos que me circundam continuam a votar nesta tralha, a lê-los e escutá-los. Com esta gente isto não passará de uma quermesse.