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Nenhures

Nenhures

31
Mai22

Publicidade

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Quando era novo (que o fui...) entrámos na CEE, ao país chegou imenso dinheiro, nisso imensa gente se tornou verdadeira consumidora - afã que, no meu caso, recordo com efectiva saudade. Nessa era houve também uma revolução tecnológica, a televisão emitia a cores, os jornais desportivos tornaram-se diários, inventara-se o CD e, imagine-se, nas melhores casas até havia telefones portáteis.
 
Nesse mundo de abundância grassaram os publicitários, de imensas remunerações, frenesim laboral e mesmo legitimação intelectual (O'Neill, lembremo-nos, e não só). Nisso tornaram-se até "criativos", tamanha reputação que chegavam a ser convidados para as mesas alheias, onde debitavam os "conceitos" que conduziam a sua inovadora profissão.
 
O tempo passou, a gente consumidora reforma-se, os que chegam a crescidos já só "clicam", é o primado do "scroll down". Decerto que ainda haverá publicitários mas não sei se ainda são convivas apetecidos... Até porque, entretanto, fomos percebendo que bem antes já havia quem tivesse "conceitos", "criativos" perspicazes que bem sabiam vender qualquer tralha...

28
Mai22

Centenário de José Craveirinha

jpt

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(José Craveirinha, retratado por Sérgio Santimano)

Hoje é o centenário do nascimento de José Craveirinha. Falta-me verve para botar o que gostaria de dizer sobre o que ele escreveu. E as minhas estantes estão para além do Tejo, faltam-me os livros dele, os meus vincos e sublinhados. Sabendo-o ainda por cima poeta "engendrador da nação", na complexidade do que isso é, bem para além do panfletário, muito mais para além.
 
Mas deixo este pequeno excerto de um poema (Hino à Minha Terra) escrito no ano em que eu nasci e no qual diz "“O sangue dos nomes / é o sangue dos homens / Suga-o também se és capaz / tu que não os amas” (...) “todos os nomes que eu amo belos na língua ronga / macua, suaíli, changana, / xitsua, e bitonga” - e talvez os meus amigos possam perceber a minha imensa (recente) irritação com os da "cultura" e das "boas causas" que falam em "dialectos bantu".
 
Mas de facto nem era disso que eu quereria escrever, cá de longe no espaço e no tempo: era mesmo sobre a memória da minha primeira visita à Mafalala, eu espantado (e guloso) com aquele museu de arte moçambicana e a passarmos horas a falar de... futebol e atletismo, naquela então ainda sua mágoa com a emigração da grande Mutola; ou de o encontrar numa manhã no Desportivo e da magnífica conversa sobre a história do desporto em Moçambique, a que se juntou - por feliz acaso - o meu tão querido José Luís Cabaço. Ou a apresentação do "Babalaze das Hienas", após o qual se seguiu uma romaria à sua casa na Mafalala (uma tradição naqueles momentos, afiançaram-me, devido à minha enorme relutância em ir onde não fora convidado), num grupo onde estava o Nelson, a Cesaltina Pinto, e outros, tudo capitaneado pelo Eduardo White, sendo que o Dino levava também o megafone. E o Zé Craveirinha não nos abriu a porta, sem paciência para os jovens barulhentos... E um fim de dia, após ter ele sido condecorado pelo nosso PR Sampaio, em que ficámos os dois sozinhos, ali na Nyerere, ele falando de Aljezur, dos Craveirinhas de lá (que visitara já após a honraria do prémio Camões) e que de facto foi uma hora de loquaz amor filial, lembrando seu pai - algo cuja intensidade só terei percebido anos depois, quando o meu pai também passou a memória. Ou tantos outros detalhes, pequenas maledicências, pensamentos avulsos, num (juro) "você é um gajo porreiro, por isso lhe digo...".
 

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Deixo aqui uma memória, que me é muito cara: quando o Craveirinha fez 77 anos organizei-lhe uma festa (institucional) de aniversário. Ele gostou (até porque naquela época, convulsa, ainda lhe não abundavam as homenagens, algo que pouco depois felizmente começou a ocorrer). Noto agora com prazer saudoso que atrás, nas paredes, estava Shikhani, o meu mais preferido das artes moçambicanas. Foi um belo dia.
 
Para quem tiver interesse deixo ligações para alguns dos postais de blog que ao longo dos anos fui colocando a propósito de Craveirinha:
 
A actualidade de José Craveirinha: (também) sobre o turismo.
 
 
Saborosas Tanjarinas d' Inhambane: o sempre actual poema.
 
Craveirinha e Knopfli: a propósito de um livro do qual tenho o orgulho de ter induzido a edição: "Contacto e Outras Crónicas" de Craveirinha/"A Seca e Outros Textos" de Rui Knopfli, uma antologia organizada pelo excelente António Sopa
 
O Albino e o Hóspede: crónica de uma homenagem que lhe foi feita após a sua morte.
 
Alugam-se Quartos: sobre a especulação.

Craveirinha Póstumo: aquando da publicação do seu primeiro livro póstumo.
 
No Xigubo: um excerto do "África".
 
Adenda: a RTP transmitiu um adequado comentário aquando do centenário do nascimento de José Craveirinha. Está aqui disponível. Tem um formato algo institucional - e poderia ter sido editado, expurgado de algumas, poucas, redundâncias - mas é bastante interessante.

28
Mai22

O dialecto bantu

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Leio o "Público", o que me é raríssimo (por hábito limito-me a ler as colunas semanais de Ana Cristina Leonardo e de António Guerreiro). Mas a edição de hoje dá um enorme destaque a Paulina Chiziane, com entrevista. Por isso acorro ao papel, a ver o que diz a Paulina. E deparo-me com a introdução do jornal, enquadrando-a, nisso dizendo-a falante "do dialecto bantu". Em 2022!!!! E logo no boletim da demagogia "póscolonial"....!!!
 
Diante disto logo clamo, em monólogo altissonante, citando Milhazes!!!
 
E depois atirei o jornal para longe, entre outras imprecações. Lá para domingo ter-me-á passado a irritação e irei ler, curioso do que disse a Paulina. Em dialecto latino, presumo...
 
Adenda: em contributo para a agenda de "reparação da História", tão cara à célula neo-comunista do "Público", deixo a certeira boutade divulgada por Max Weinrich, "A língua é um dialecto com exército e marinha".

22
Mai22

Liberdade de Imprensa

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A organização "Repórteres Sem Fronteiras" organiza um anual Relatório de Liberdade de Imprensa Mundial. Este ano coloca Portugal no 7º lugar em termos de liberdade de imprensa, num universo de 180 países. É muito bom (e sobre isto será de ler um texto de António Barreto, num contentamento sem triunfalismos).
 
Não quero deixar de referir o quanto esta avaliação sublinha a hipocrisia e a desonestidade intelectual (ou seja, pessoal) da amálgama de intelectuais (académicos, quadros, jornalistas, colunistas) comunistas ("brejnevistas" e "esquerdistas") que vêm reclamando serem "perseguidos" e "criminalizados" devido à sua adesão ao imperialismo russo. Pois, como isto comprova - se tal fosse necessário - publicam as suas "teses" onde e quando querem. E seguem desprovidos de pingo de vergonha que seja...

21
Mai22

A vida

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Estou numa esplanada, ao Vale dos Barris, com uma bela imperial mas sem um livro. Por isso corro o FB, a distribuir laiques como se estivesse no metro. Nisso vejo que Byrne fez 70 anos há 6 dias. E lembro-me que há 30 e tal anos, espólio acabado de cumprir, regressei à casa paterna, olhei para o meu quarto desde a meninice e arranquei da parede (guardando-os) os dois últimos resquícios da adolescência: Lou Reed (em "poster" da Música&Som) e a fotocópia da letra desta "Once in a Lifetime". Arranquei-os da parede, e fiz mal, mas não cá de dentro.

18
Mai22

A Fundação para a Ciência e Tecnologia

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Quando há alguns anos regressei a Portugal meteu-se-me na cabeça (sabe-se lá porquê) cumprir um grau de formação, ainda que já velho. A ideia era voltar a Moçambique e fazer uma investigação. Para isso pedi um financiamento à FCT. Três vezes o fiz, nunca fui avaliado. Pois, das três vezes que tentei, sempre me deparei com uma inenarrável incompetência institucional, uma atrapalhação tecnológica e jurídica que lesava os candidatos. Da terceira, e última, vez que me candidatei mais uma vez coloquei um recurso, dado que a recusa da instituição se prendia - apenas - a um regulamento mal feito. Dois anos depois do meu recurso [Dois anos depois de um pedido de um financiamento para um doutoramento!!!!] recebi uma resposta, assinada pelo presidente: recurso indeferido e se quiser recorra ao tribunal.
 
Nem respondi, apenas para mim referi: "filho de uma p... imunda!" esse presidente, arrogante que se atrevia a endereçar uma resposta daquelas. Hoje, tantos anos passados, almocei com uma meia dúzia de grandes e velhos amigos em Palmela. Um deles trabalha há décadas na FCT. Estávamos entre imperiais, grelhadas mistas, ginjas da casa e bagaços brancos e recebi este filme de festa FCT, agora realizada, e rimo-nos. Perguntei-lhe se o presidente dele ainda é o mesmo, e ele nem sabe (ou nem quer dizer). "Filho de uma g'randa p...!", digo-lhe eu, falando entre amigos "dos tempos", "se o c..... estivesse aqui dava-lhe com uma cadeira nos cornos". Socialista de m....!. E daria, podereis acreditar nisso. Pois sou dos Olivais.
 
 
 
Entretanto a escandalosa casa comemora-se assim. Agora venham dizer que eu digo palavrões a mais. Escumalha imunda. Clientes, nada mais do que isso. E como este filmeco bem mostra os trastes que ali abancam.
 
(Peço desculpa pelas reticências mas as minhas mais queridas exigem que não escreva palavrões nos blogs e no FB).

18
Mai22

Boubacar Traoré

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A "New Yorker" traz uma boa peça sobre Bill Frisell (ligação com acesso livre). Enquanto a leio abro outra "janela" e deixo-o tocar. Mas, oops, cansar-me-ei - sim, sei que o homem é infindável, quase infinito, mas o concerto que abrira aborrecia-me. E por isso recuei às suas declarações na tal peça, dizendo que fora influenciadíssimo pelo grande Boubacar Traoré... "Ih, há quanto tempo não o ouço!", resmungo-me. Deixo o Frisell lite (lamento, mas é a verdade), vou à referida Spotify e inscrevo-me como ouvinte do gigante maliano. Isto foi na alvorada. Passei o dia a ouvi-lo, a Boubacar Traoré. Que belo dia!

Boubacar Traoré  - Je Chanterai Pour Toi (documentário de Jacques Sarasin, 2001)

15
Mai22

Ucrânia vence o festival da Eurovisão

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(Postal para o meu mural de Facebook)
 
Por aqui, uns vasculhando outros mais à superfície, partilham os operáticos, por hoje lamentando a morte "da" (comme il faut) Berganza, os etno-ouvintes, agora mais dados à kora do que à cítara e quase nada à flamencada, os nacionaleiros, "que não há como o fado/a marrabenta/...", a malta do jazz - mas não muito "free" -, dos standards ou das lendas - ainda que Dexter siga esquecido -, e menos do actual, aqueles do canto de intervenção, Fausto ou Violeta Parra, muito mais Karajan do que James Last, os memorialistas, - esses do slow "com que roçaguei a Maria(na)/o Manel" -, os do rock, progressivo, indie, southern, n'roll, até heavy, and &, e os da "chanson", française, ou da sempre MPB, mas sem o grande Roberto Carlos noto, um ou outro escasso do blues, e nem discuto se R&B, e, claro, os dos crooners, alguns do Patxi Andión e vizinhos andaluzes, e há até quem se lembre de Savall, e ainda restarão uns já anciãos, balbuciando "inesquecíveis" pérolas do festival de San Remo.
 
Dito todo este quotidiano não deixo de sorrir ao vê-los, empertigados em pantomina, discutindo o Festival da "Canção" na Eurovisão de ontem. Os "faxos" e os "comunas" irritados, os "intelectuais", ditos melómanos, lamentando da justeza dos resultados, dos "interesses" envolvidos, das qualidades dos intervenientes, da subalternização da "música" à "política" e isso. 
 
Enfim, não vejo um festival desses desde o "sobe, sobe, balão sobe" ou das rutilantes "Doce". Mas se os devastados ucranianos vibraram com a sua vitória, um décimo que seja do que os tontos lusos há anos com aquela tralha do rapaz que dá traques em palco... então ainda bem.

14
Mai22

O Pacto 2022

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Nos últimos anos, nesta era de redes digitais quase-rizomáticas (sê-lo-ão menos do que parecem mas também não há uma "Manápula Invisível" a controlar tudo isto), uma das vias discursivas mais histriónicas foi a de uma amálgama, a "direita profunda" europeia - alguma dela "extrema", no sentido fascizante, outra mesmo "profunda", no sentido hiper-conservador. À (minha) vista desarmada não se lhe consegue fazer um enquadramento sistémico, talvez só possível para quem lhe estude os discursos, práticas e organizações. Assim leigo e míope apenas os digo "antidemocráticos", mas também - o que não é equivalente - "anti-europeístas" radicais, "soberanistas" furibundos, mesmo que muitos com roupagens de liberalismo económico. E em tantos deles um exultante anti-intelectualismo (por exemplo as aspas nas "ciências sociais" é-lhes um penduricalho típico, de que não conseguem abdicar, um verdadeiro dildo moral).
 
Enfim, a gente viu-os frenéticos trumpianos - crentes até no esquerdismo do já velho Tea Party -, fervorosos brexiteers - ululando com as vagas imigrantes (de Leste, de Leste...) que devastam a nada pérfida Albion -, atentos à maldade universal dos islâmicos - excepto, lá mais pelas franças, à dos palestinianos que combatem os execráveis judeus -, bolsonarizados - apesar das nenhumas expectativas quanto àquele país pardo -, firmes contra a ditadura do Eixo Bruxelas-Estrasburgo, essa inumana elite burocrática. Activos nas trincheiras contra essa invenção do "marxismo cultural", as fake "alterações climáticas". E, mais recentemente, combatendo essa tão lucrativa falácia dos capitalistas (judeus?) farmacêuticos, as nazis vacinas contra o Covid-19.
 
E outras causas terão defendido nas quais - por indolência - não terei atentado. Sempre com frenesim (até robótico) discursivo. E sempre com fundamentos de cariz científico (hélas!) ou empírico, um "saber de experiência feito" inacessível a todos-nós, os outros. Pois seguimos alienados por uma imprensa ao serviço desses interesses plutocratas, contra os quais corajosa e loquazmente combatem.
 
Foi muito (mas não só) a propósito desta imensa tralha, sucessivas patacoadas, entre inventonas, trocas de nuvens por Junos, atrapalhados paleios com embrulhos em "cientifiquês", tudo em refogados anunciando adstringentes conspirações contra os "bons povos", que se veio falando das célebres "fake news". Ou seja, de um aldrabismo constante - já não a ultrapassada propaganda falsária manufacturada pelo pobre bloguista socratista ou pelo Palma Cavalão das actuais televisões, mas esta vertiginosa capacidade de em ápices perorar insanidades automatizadas, logo absorvidas por moles ávidas de iluminação.
 
Ora o que é mesmo "engraçado" é ver, quase todos os dias, como neste 2022 os velhos comunistas brejnevistas e os novos comunistas (aka, "alterglobalistas" de ascendência enverhoxista/trotskista ou coisa que o valha, mesclada com o legalize it e os 30 kms à hora), andam a partilhar por estas redes sociais estas tralhas todas, agora dedicadas àquilo da Rússia na Ucrânia. Usam exactamente as mesmas fontes, seguem os mesmos argumentos, vivem a mesma sanha contra a mesma "Manápula Invisível". Agora já não falam de "Fake News". Mas sim de "Fontes Alternativas" ou, mais profundo, "Pensamento Diferente". É uma verdadeira revolução coperniciana, promovida pela Rússia do sábio Putin...
 
Este vazio intelectual esquerdista não me surpreende. Mas o prazer com que o afixam? Isso já espanta. Enfim, para não me dizerem anti-russo, vou apanhar Sol e reler o "Pnin".

13
Mai22

Cheap Trick

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Cheap Trick - I Want You to Want Me (from Budokan!) [Official Video]

A idade é isto, a tendência para resmungar com o que se passa, na desesperança de "isto ir lá", ainda que não saibamos bem para onde, e nisso a perdermos todo o resto. Dito isto, aporto hoje a meio da tarde na "Miradouro", meu local de refúgio quando a Sul do Tejo. Encosto ao pequeno balcão - belíssima imperial, vera "tulipa", face à capitosa oferta do pires do amendoim agregado ao pires do tremoço, essa mescla "comme il faut", e hoje ainda o cúmulo do pires de caracóis, e estes também marcham "malgré moi-même", que em Roma sê romano, única coisa de antropologia de que ainda me lembro, decerto por a ter aprendido bem antes da universidade, em casa-própria (que chega de galicismos). E estou eu ali a atrapalhar os destroços à que chamo dentadura, essa minha "ucrânia", e no rádio toca esta "I want you to want me". Rio-me alto, "o que foi?" perguntam-me detrás do balcão, onde mora um tipo porreiro, "é esta música" desculpo-me, sem lhe dizer o quão omipresente ela foi num antes longínquo, mesmo que rockezito piroso ou talvez mesmo por causa disso... "É dos tempos!" diz-me o mais novo... E mais me rio, na breve memória das festinhas liceais dos finais de 70s. E concluo, neste agora só para mim, que a vida veio a ter menos "charme" (afinal, mais um galicismo) do que imaginei. Mas não seja por isso, sorvo mais um caracol e beberico a bela imperial. E trauteio, juvenilizado, "i want you etc..."

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Bloguista

Livro Torna-Viagem

O meu livro Torna-Viagem - uma colecção de uma centena de crónicas escritas nas últimas duas décadas - é uma publicação na plataforma editorial bookmundo, sendo vendido por encomenda. Para o comprar basta aceder por via desta ligação: Torna-viagem

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