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Nenhures

Nenhures

04
Out22

Homenagem à Banda Desenhada Portuguesa

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Já está disponível este "Variantes, Uma Homenagem à Banda Desenhada Portuguesa" - será apresentado amanhã, 5.10, em Coimbra, às 16 horas na Livraria Dr. Kartoon, e no dia 8 haverá uma sessão em Lisboa. Edição de A Seita (72 páginas, capa dura, 17 euros - para um produto destes é um preço pré-Guerra da Ucrânia). 

Trata-se de um passeio por 24 obras da BD no país ao longo da história, desde XIX até ao final de XX. Autores actuais (ditos "jovens", nesta ditadura contemporânea da "eterna juventude", gente sub-40) fazem vénias (sob formato de pranchas e desenhos inéditos), desde à considerada como primeira BD portuguesa,  Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro Sobre a Picaresca Viagem do Imperador do Rasilb Pela Europa  (1872), até ao Tu És a Mulher da Minha Vida, Ela a Mulher dos Meus Sonhos, de João Fazenda e Pedro Brito (2000). Nisso passando por Victor Mesquita (1975, Eternus 9 - publicado na célebre e saudosa "Visão") Relvas (1978, Espião Acácio), Louro/Simões (1985, Jim del Monaco), Saraiva/Pinto (1994, Filosofia de Ponta) e outros, como é óbvio.

O rol dos autores é rico : André Caetano; André Pereira; Daniela Duarte; Fábio Veras; Francisco Nunes; Gonçalo Varanda; Jorge Coelho; José Smith Vargas; Madalena Abreu aka Hada; Marco Mendes; Marta Teives; Paula Cabral; Ricardo Baptista; Rita Alfaiate, Sofia Neto. E ainda Álvaro, Fernando Relvas e Pedro Burgos.

A capa é do Pedro Morais. Companheiro, mostrou-me a ilustração completa....

 

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04
Out22

Em defesa de Chagas Freitas

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São patéticos (para não dizer patetas) toda aqueles que foram lestos a criticarem a representação de Portugal na UE (a REPER, o célebre acrónimo) por ter recomendado a leitura do curandeiro Chagas Freitas num qualquer "concurso" internacional, e depois se desunham a partilhar (e "gostar") as pungentes, de inenarráveis, "crónicas" de Luís Osório. É inadjectivável o sucesso que aquela tralha tem...

02
Out22

"É Economia, Estúpido!"

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Alguns dos meus familiares mais próximos e dos meus melhores amigos são benfiquistas, uns mais entusiastas outros menos. Têm andado com as suas costelas benfiquistas (aqueles que de facto as têm, pois vários deles de facto estão-se um bocado nas tintas) muito aprumadas. Pois os cabeçalhos do jornal "A Bola" e inúmeros painéis futeboleiros televisivos louvam-lhes a equipa de futebol. O que já vi foi uma equipa atrapalhada a ganhar com muita dificuldade a clubes do fim da tabela e a ganhar a uma decadente Juventus (eu a alguns previra-lhes ser provável que ganhassem: há anos, em 17/18 o Sporting de Jesus apanhou a Juve no seu zénite e foi bem superior, e o clube italiano entretanto degenerou).
 
Enfim, coisas da bola que pouco importam, o relevante é que os amigos andam contentes, e nisso até pagam uma ou outra rodada, e mesmo um famous grouse se é chegada a hora... E daqui a uns meses serão campeões, gozarão com os vizinhos, comigo também, de peito feito e queixo empinado. E mais rodadas pagarão. É porreiro, a bola é para isto mesmo.
 
Agora, aqui entre nós, caramba, podiam não ficar contentes com tamanha roubalheira, como esta de hoje (vê-se em detalhe no filme aqui). Um bocadinho de pudor não faz mal. É que não vale dizer mal do Sócrates, do Cavaco, do Medina dos russos e do Salgado dos prédios, dos ciganos que ciganam, dos médicos que não medicam, dos professores que metem baixas, dos polícias que (não) batem, do secretário Galamba imaginamos nós porquê, dos juízes que para aí andam, dos tipos da TAP e dos dos aeroportos (que não são os mesmos, já agora), do marido da ministra chorona, do sócio chinês dele e dela própria, e por aí afora, qu'a gente para dizer mal tem um ror para meter no rol. E depois, comprovada a seriedade do cidadão através das inúmeras invectivas, toca a festejar roubalheiras destas. É só bola? Não, lê bem as minhas letras, "é economia, estúpido".

01
Out22

A imprensa e o "Terceiro Mundo"

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Há dias houve (mais) dois episódios bem denotativos do ambiente, muito induzido, vigente nos espectáculos desportivos, que vai passando incólume diante da opinião pública  - que continua a considerar muito normal a "oposição" entre adeptos - e do Estado, apesar dos sucessivos governos produzirem declarações de boas intenções e, até, criarem "organismos" destinados à vigilância e pacificação desses espectáculos. Agora as coisas vieram mais para os escaparates dado que havia crianças envolvidas nos dislates, primeiro em Famalicão, depois no Estoril (como a fotografia ilustra). 
 
A ausência de repressão sobre a ralé clubista é notória, bem como o seu acarinhar, tanto pelas "instituições de utilidade pública" que são os clubes desportivos como pela imprensa, que se desdobra em mesuras e atenções para os "dirigentes" e actividades dessas faunas. E nisso há uma inculta incompreensão sobre as características (repito, muito induzidas) destes processos. 
 
Por isso tanto me chamou a atenção um postal do escritor moçambicano Luís José Loforte), que resume bem a ignorância da imprensa portuguesa que aflora o assunto. Pois há dias disse Loforte: "Nos jogos [de futebol] em Moçambique tenho notado que cada um vai com a camiseta do clube da sua predilecção e senta onde bem lhe apetece, ou onde a sua carteira lhe permitir, sem problemas e onde quer que seja. Foi pungente a imagem do menino português, adepto do Benfica, obrigado a assistir o jogo de tronco nu apenas porque estava entre adeptos do Famalicão. Mais triste ainda foi um jornalista [televisivo] a dizer: "Até parece um país do terceiro mundo!". E quando li tamanha burrice, conclui: como Moçambique, por exemplo!"
 
Não haja dúvida, uma imprensa do "Terceiro Mundo". E uma tutela estatal sobre o desporto que é do "Terceiro Mundo". Isto para se falar de forma a que esta ignorante gente perceba...

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Bloguista

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