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Nenhures

Nenhures

30
Set24

Ensaios da Fundação

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As redes sociais são uma coisa terrível, alienante. Bastou eu ontem ter louvado um espectáculo ocorrido na Fundação Gulbenkian e a esta ter, apenas en passant, equiparado a Francisco Manuel dos Santos, para me acontecer,

que no mesmo dia recebi um convite para jantar hoje. Durante o qual falámos da importância "diagnostical" dos "Ensaios da Fundação", uma já vasta série - e de eu me ter desdobrado em elogios ao "Terra Firme" do bom do José Navarro de Andrade, meu esporádico parceiro de bancada, e também ao "Culatra - Ilha com Gente Dentro", de Ana Cristina Leonardo, que li durante o acantonamento pandémico, já para não falar do obrigatório "Cidade Suspensa", o retrato de Lisboa nesse Covid feito pelo amigo Miguel Valle de Figueiredo. E então, antes do digestivo, o anfitrião meu consanguíneo ausentou-se, logo regressando com a oferta: a sua colecção dos tais "Ensaios da Fundação".

Evito a meia dúzia que já tenho e regresso a casa, notando ter agora a colecção completa dos primeiros 70 volumes. E onde colocá-los?, que já não há estantes disponíveis (nem paciência para os distribuir por ordem alfabética, escadote acima, escadote abaixo). Acoito-os, em verdadeiro registo "colecção", sob um Gemuce. Assim mais alienado (de espaço), a tal perfídia destas redes sociais...

(Agradeço à equipa da SAPO o destaque dado a este postal)

29
Set24

A nova estátua de Eduardo Mondlane em Maputo

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Em Maputo foi substituída a estátua de Eduardo Mondlane, aquela lá no Alto Maé, no topo da avenida com o seu nome. Foi apeada a velha ("hiper-realista") norte-coreana, foi instaurada uma moçambicana. E logo brotou a polémica.

Leio hoje que o seu autor é Gemuce, um grande artista. E bom amigo, companheiro. Sorrio. Há anos que a minha conta no Whatsapp - que é encimada com o muito verídico "ninguém telefona ao furriel" - tem esta imagem. Excerto de um quadro representando-nos - à Carolina, à Inês e a mim, todos baloiçando - que o Gemuce nos ofereceu. (Sim, houve tempos em que eu baloiçava. Ou assim parecia.).

Esta até coincidência muito me honra. Grande abraço Gemuce.

29
Set24

O Racismo Sistémico

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Às vezes até com alguma amizade, a maioria das vezes sem ponta disso, gente das minhas áreas de formação diz-me "direitolas" - visceralmente avesso que sou a estes demagogos das "identidades", do "género", da "depuração da fala", do "racismo sistémico", e das tralhas associadas.
 
Talvez este seja um exemplo explícito da pantomina que são estas correntes locutoras. Imagine-se o escândalo que correria mundo afora (e Portugal esquerdalho adentro) se um grande central branco desse um estalo num pequeno roupeiro "racializado". Mas o enorme preto Rudiger dá um tabefe a um incomodado branco Manolin? Nada dizem estes "identitaristas", que isto não lhes dá jeito. Não lhes anima o objectivo, a gritaria que entendem possibilitar-lhes o acesso a uns nacos do erário público. E a uns empregozitos, precários ou não. Porque, entenda-se bem, para essa gentinha, a esquerdalhada burguesota, "it's economy, stupid!". O subsídio, o contratozito, o parco financiamento...

29
Set24

A ler Stefan Zweig

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Dois pequenos livros, preciosos, de Stefan Zweig, um escritor que fora algo desvalorizado - cá em casa os meus pais haviam remetido vários dos seus livros para a arrecadação, onde se acumulavam pilhas dos menos apetecíveis e/ou mais esquecíveis. Abarcando-o nessa despromoção, porventura por questões de gosto ou de desatenção. Ou mesmo apenas por falta de espaço nas estantes... De qualquer forma, o interesse no escritor foi revitalizado - e algumas (re)edições surgiram -,  um pouco na sequência do filme que lhe foi dedicado, o "Adeus Europa".

Li agora "Uma História de Xadrez" (Relógio d'Água, 2017, 72 pp., tradução de Ana Falcão Bastos), uma publicação já póstuma (de 1943). É um dissecar das constituintes da mente, na sua diversidade e na diversidade das formas como é construída. Pois a trama é o combate entre um génio xadrezístico silvestre, um rural inculto predestinado, e um refinado vienense (daquela "Viena" que foi centro de civilização) que se fez xadrezista por sobrevivência. Mas o substrato é a ascensão do Anschluss, a adesão austríaca ao nazismo. Numa descrição que tem imorredoira actualidade, mesmo que o diga eu sem preocupações escatológicas: "Mas os nacionais-socialistas, muito antes de equiparem os seus exércitos contra o mundo, começaram a organizar em todos os países vizinhos, um outro exército igualmente perigoso e bem treinado, a legião dos desfavorecidos, dos humilhados, dos ofendidos. As suas chamadas "células" estavam instaladas em cada repartição e em cada empresa, e os seus informadores e espiões encontravam-se por toda a parte..." (p. 34). 

E também "Foi Ele?" (Assírio & Alvim, 2023, 64 pp, tradução e - incisivo - posfácio de Francisco de Nolasco Santos), escrito já no exílio e publicado em 1942. A trama, facial, é a de uma sobreprotecção amorosa a um cão, assim crescendo tornando-se mastim, energúmeno. É quase uma evidência encontrar no texto a metáfora, tão actual na era da escrita da obra, sobre a ascensão da besta nazi, acarinhada no seu germinar até se tornar incontrolável, assassina. Mas lendo-a nos tempos de agora ocorre-me uma leitura com menor pendor metonímico. Pois no texto encontrando como se um augúrio sobre os efeitos desta disseminada transferência afectiva para os "animais" (os de estimação, claro), esta "petização" que grassa. Uma verdadeira monomania, já com efeitos políticos. E, decerto, com implicações psicossociais.

28
Set24

Na Danação de Fausto

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A semana fora difícil, sofrera um KO, numa redonda "ida ao tapete" fruto de um inesperado, e violentíssimo, uppercut. Sarei um pouco acabando um pequeno texto que amigo me encomendara mas que eu arrastara, e disso e dele darei notícias.
 
Mas convalesci muito ontem. Na alvorada um amigo ofereceu-me dois bilhetes para a "Danação de Fausto" na "Fundação" - como se dizia antes do Pingo Doce estabelecer a sua... Lesto, agitei a mão sapuda, dedos engordados de unhas roidas, percorrendo o Filofax em busca de quem me acompanhasse, num "requer-se cuidadora informal para deriva operática" - pois, caramba, mesmo não sendo eu muito de Berlioz isto, uma cena faústica ainda para mais, não é algo para ir com um dos da rapaziada, digo eu, "machola" (como dizem os da "linguagem inclusiva"), mesmo se sexagenário.
 
Mariola - ainda que convalescente - candidatei-me a uma esbelta companhia, indisponível estava, hélas!. Com o frenesim da urgência percorri o alfabeto - como fazem nos filmes americanos. Lá mais para a frente convidei uma jovem, tão dada ao romântico que comigo relê agora Mary Shelley, "estou no estrangeiro" respondeu-me a dra. Frankenstein, sem disponibilidade para este seu... tio (monstruoso?). Mais avanço e logo tenho sucesso, num "não foste (também) enfermeira?!", "vem lá cuidar...".
 
Acorri, a linha vermelha do metro levou-me da velha pala até esta nova pala, ufana! Telefotografei, para comprovar que já lá estive. Atraso alheio, um qualquer incidente de trânsito, impediu-nos de assistir à sessão de guia de audição. Mas, enquanto esperava encontrei bons amigos, parentela espiritual - que logo nos convidaram para uma garrafa de vinho durante o intervalo.
 
Depois fomos jantar. Falei dos meus pais, e também do meu tio. Saudavelmente saudoso. E dos que ainda cá estão. Nisso muito me ri. Gostei. E tenho a certeza de que a minha cunhada também.
 
(Ah, o Berlioz? Gostei, e a reacção do público foi entusiástica, um sucesso. E parece-me que a maioria saiu dali com a certeza de que não vale a pena vender a alma ao Mefistóteles. Alguns já a terão vendido, mas isso não tem remédio, como bem se sabe.)
 
[Obrigadíssimo Martim]

19
Set24

Um novo livro meu

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O meu livro "Torna-Viagem", crónicas maioritariamente sobre Moçambique, publicado em plataforma de impressão por encomenda e só acessível nesta ligação - assim inexistente em livrarias, feiras e escaparates avulsos - teve hoje o seu ducentésimo exemplar vendido. Entretanto eu ofereci 14 - a quem mesmo tinha de ser, não podia alargar-me nisso, pois também tenho de os comprar e vivo em era de grande aperto.

Amigos sorriem e dizem ser um número muito apreciável - especialmente neste regime de edição. Sabem que cheguei a este número porque o impingi, repetidamente, a todos os conhecidos e interlocutores (via blog, whatsapp, email, fb, instagram, linkedin). Fi-lo sem rebuço, pois crente que pior do que o despudor é o ser blasé - neste caso o blaseísmo seria publicar um livro e não o divulgar...

Como já aqui contei, amigos haviam enviado o projecto de livro a meia dúzia de editores. Nenhum respondera (dizem-me ser marca d'água desses "empreendedores"). À excepção de um, gentilíssimo, que então me disse "gosto, mas um livro destes de autor desconhecido venderá 200 livros em livraria e eu perderei dinheiro". Respondo agora, sem pingo de acinte, "se vendi 200 assim, neste excêntrico sistema de encomenda em "site", teria vendido 400, ou mais, em livraria, não terias perdido dinheiro".

Espero que mais gente queira ler as memórias das minhas andanças. Apenas por vaidade própria, pois não há nelas ensinamentos ou manifestos, muito menos qualquer agenda. Isso só acontecerá por via de divulgação alheia, eu já insisti em demasia. Se houver mais ecos do livro continuarei a partilhá-los mas já não serão novidade para os meus interlocutores, se calhar até será contraproducente ("lá está este gajo outra vez!", dirão).

Eu crera na possibilidade de vender 100 exemplares. E afirmara a utopia de chegar às 150 vendas. Depois disse-me que se vendesse 200 publicaria outro livro, no mesmo registo. Obrigo-me agora. Fá-lo-ei lá para Novembro, após retocar as vírgulas.

Esse novo livro chamar-se-á "O Podcast Mudo". Será um conjunto de textos de opinião, centrados em Portugal e Moçambique. Não serão críticas aos socratistas (os de antes e os de agora). Muito menos ditirambos contra Frelimo e Renamo. Ou contra os males do mundo... O seu mote está esparramado nesta fotografia: na escola C+S atrás da minha rua, nos Olivais de Lisboa, o Estado português acaba de afixar este sinal de trânsito dedicado aos petizes e seus "encarregados de educação", dizendo em língua estrangeira "Kiss and Ride". Em 2024, não em 1924 nos alvores da condução automobilística, quando tamanha excentricidade impunha os anglicismos.

Ou seja, o livro é sobre o grotesco. Luso, vosso.

(Entretanto, e se tiverem disponibilidade, vão lá ao meu "Torna-Viagem". No qual sou muito mais simpático - mesmo sem distribuir "batiks" ou "imaginários" dos "cândidos" e "bons" "africanos".)

14
Set24

Regresso a Lagos

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Como agora se vai dizendo: "já fui muito feliz em Lagos". E, ainda mais, "já fui muito novo em Lagos!". Chego agora, percebo que cá não vinha há já 13 anos. Logo resmungo um decano "que faço eu aqui?!", ingénuo saudoso. Busco um pouco, lá de dentro chamam-me "Zé!!!", e abanco no almejado ""Com Espinhas". Esperarei um pouco. E logo à noite regressarei ao Trancão

14
Set24

Com despudor

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Há umas semanas o Pedro Correia foi aqui muito gentil comigo. Hoje sou de novo mimado, e pelo Afonso de Melo. Que deixa no "...Sol" está este afabilíssimo texto sobre o meu livro "Torna-Viagem" - esse que só se compra através desta ligação. Aqui o partilho na esperança de nisto despertar alguma curiosidade leitora. Ou mesmo solidariedade divulgadora.

(E, já agora, isto de uma edição de autor - desconhecido, e em formato de impressão por encomenda via plataforma editorial - chegar a um semanário nacional tem "o seu quê...". Sim, é muito "mafia olivalense". Mas mostrará a outros que é possível publicar para além do remoinho das "editoras").

Enfim, aos que se decidirem interessar: espero que apreciem este meu "Torna-Viagem". E, se puderem, que o divulguem.

08
Set24

Uma década após Moçambique

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Esta fotografia pode ser - se assim se quiser - um estereótipo, nisso do "antropólogo" "branco" imiscuindo-se em "África" (como agente colonial, pós-colonial, neoliberal, marxista-leninista-maoísta, ou etc., escolha-se o epíteto agressor). Representado ao centro (imagem egocentrada, dele engrandecedora, indivíduo na sua completude) entre uma amálgama "autóctone", de gente assim desindividuada. Se assim interpretada dará para um "paper" (ainda por cima porque consta que o tipo, o tal antropólogo, é de "direita", até pior do que os outros).
 
Ou então, em alternativa analítica, pode ser vista como a fotografia de um quarentão (talvez feliz, e decerto sem o perceber) a trabalhar numa aldeia da Zambézia, muito provavelmente após entrevistar um grupo de mulheres, estas quase certamente a falar das "coisas de género" - e como urgiam e urgem essas problemáticas, pois tanto mais sofrem as mulheres (e também por isso me irritam estes euroburguesotes a reduzirem o "género", a favor ou contra, às questões de implantes e amputações de pilinhas). Sendo esta umas das múltiplas fotos feitas após as sessões, para gaúdio geral - eram os tempos em que os "celulares" com câmeras ainda não se haviam disseminado. E, como tal, não dando para o tal "paper" "póscolonial" (sem hífen), mas mera matéria de memorialismo.
 
É uma boa memória. Faz hoje (8.9.24) exactamente uma década que parti de Moçambique. Acabara de me tornar cinquentão - nisso me deprimindo. Após 18 anos no país o rumo laboral conjugal convocara o regresso ao "velho continente". E larguei o "contexto" que tão bem calçava. Na véspera da partida separei-me, nisso inflectindo para a minha "pátria amada", um inesperado (ainda maior) descalabro.
 
Sem pingo de sarcasmo recordo que aqui cheguei como milhares de compatriotas o haviam feito 40 anos antes. A situação global era muito melhor. Nem tanto a individual: sem "local de recuo", nem sequer "contentor", tamanha a despreparação em que incorrera.
 
Tal era o meu desnorte que nem me lembro bem daqueles primeiros meses, apenas laivos: um congresso africanista em Coimbra, para onde fui no dia seguinte ao regresso, pois estava inscrito, eu em frenesim absoluto, tamanho o "stress" em que vivia, e estupefacto com a mediocridade circundante. Da Ana, minha querida amiga/colega/veterana de Moçambique, me dizer ao fim daqueles dois dias de Lusa Atenas, vendo-me desampararado na sessão festiva final - e com um ou dois uísques a mais para o que naquelas minhas condições poderia aguentar - entre uns bacocos póscoloniais de jargões armados, "Zé, aqui (Portugal, entenda-se) nunca encontrarás a tua mesa de Maputo" (que ela bem conhecia), explicitando a vacuidade lusa face à densidade "de experiência feita" a que estávamos habituados.
 
E sim, o frio, abrir o roupeiro, tirar uma camisa e ao vesti-la arrepiar-me do gélida que estava. A burocracia letal, a esmagar-me. Esquerdalhas a clamarem pelo "empowerment" e a abespinharem-se quando o mais-velho lhes propunha usar "potenciar", sinal de que era eu um vero fascista. Investigadores financiados a considerarem que os problemas pátrios (ou mesmo do mundo) se condensavam no conceito "Passos Coelho". Mas, muito pior, a solidão do desamor, conjugal, e a distância filial.
 
Felizmente tive um muito competente "IARN"... A minha família, acolhendo-me como filho pródigo (que literalmente era), nisso ainda a minha mãe (que nada me perguntou sobre o meu desarrumo, sua elegância materna). E uma alargada "velha guarda", amigos que são mais do que verdadeiramente consanguíneos. Comovo-me, não pela efeméride (raisparta esta...) mas ao pensar neles. Obrigado, "camaradas e amigos".
 
O ano passado os meus compadres Pedro e Catarina levaram-me à Colômbia. Descobri que ainda cá estou. Mais magro do que nesta fotografia. Mais velho, agora mesmo mais-velho sexagenário. Mas ainda digo, voltei a dizer, "avante". Obrigado Pedro, obrigado Catarina.
 
Enfim, por isso "Avante!", para mais dez anos!
 
(No dia da partida, há exactos dez anos, deixara esta despedida: A Papaia)

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Bloguista

Livro Torna-Viagem

O meu livro Torna-Viagem - uma colecção de uma centena de crónicas escritas nas últimas duas décadas - é uma publicação na plataforma editorial bookmundo, sendo vendido por encomenda. Para o comprar basta aceder por via desta ligação: Torna-viagem

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