25 de Abril, hoje
Morreu hoje Celeste Caeiro, que no 25 de Abril em Lisboa distribuiu cravos vermelhos pelos soldados revoltosos que terminavam, o mais pacificamente que lhes era possível, o estuporado e bélico Estado Novo. Assim ela construindo um símbolo.da liberdade, da democracia, por trôpega que esta por vezes pareça.
Nesta já noite vejo, no Facebook, inúmeras publicações de Moçambique, onde tanto vivi. Do monumental "panelaço" que está a ocorrer, o povo pacífico batendo tachos e panelas clamando "basta!" à aldrabice FRELIMO. (Decerto que para incómodo dos intelectuais orgânicos do regime, que protestarão em defesa dos "ordeiros" cidadãos que querem ir dormir sem que haja barulho na rua.). País onde decerto as mulheres estarão disponíveis - como a mamana Celeste Caeiro esteve - para distribuir flores que cubram as armas dos homens.
Pois acabou! Não é Venâncio Mondlane que tem "pressa", como escreveu um académico colaboracionista, nisso até vil. É o regime que gangrenou. E há anos que fede. Fim!
Venham as flores, as da liberdade.