O meu pai, António Pimentel, faria hoje (21.4) 100 anos. Se cá estivesse resmungaria comigo "Zé, vê lá bem se ainda tens idade para isto", este descer o raudal (pode ser "rápidos") do Guayabero e todas as outras caminhadas, mata acima, mata abaixo. Mas também é verdade que ele está cá, agora mesmo já centenário, eu a acumular histórias desta zona de guerrilhas e paramilitares, ditadores fascistas ou quejandos e resistências camponesas, indução do plantio de drogas por gringos e estes mesmos a combaterem-nas. E, mais do que tudo, de desflorestação e de índios devastados. Isto para lhe contar d(est)as maleitas do mundo. Enfim, tenho de comprar um bom rum para lhe levar daqui e com ele falar disto tudo.