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Nenhures

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Nas últimas horas vários amigos (e amigas ...) têm-me enviado notícias com este teor - que anunciam o iminente divórcio do presidente americano -, decerto que impulsionados por um postal em que elogiei a Senhora de Donald Trump [já agora, a latere, e principalmente para @s mais feminist@s, não notais o imundo machismo d@s lus@s muito americanizad@s que falam da Melania e da Kamala mas de Trump e de Biden?]. Nessas risonhas (ou não ...) mensagens surgem mesmo implícitos (e até explícitos) incentivos a que aproveite eu a situação e tome alguma iniciativa de cariz romântico ...

Longe de mim tal ideia, e não apenas pela modesta vetustez em que atasco. Mas porque, ainda que não sacralize o vínculo conjugal, não considero cavalheiresco promover, e muito menos aproveitar, a ruptura dos elos afectivos alheios. Sempre a lamento. E espero, sinceramente, que estes hipotéticos desaguisados matrimoniais - porventura potenciados pela pressão das funções presidenciais -, sejam ultrapassados pelo casal.

Entretanto, aqui e no blog várias pessoas (em especial senhoras) me criticaram o texto elogioso da Sra. Trump, pois considerando aquele casal assente numa relação económica, segundo o consabido padrão do homem idoso abonado e da mulher jovem materialista. Modelo que consideram imoral. E até gente das ciências sociais me veio com essa ladainha (murmuro aqui, mesmo envergonhado, até antropólog@s ecoaram essa invectiva apatetada, imagine-se o desgraçado estado em que isto segue ....).

Ou seja, esta gente pensa que o casamento como vínculo deve assentar apenas num tipo de relação moral, nem tanto a da paixão assolapada do dramalhão (proto)romântico Paul et Virginie mas muito mais a da sequela Lagoa Azul, da qual agora decalcam os seus paupérrimos ideais e ainda piores concepções da existência. E vêm-me chatear com isto, sem qualquer vergonha pela ignara visão que têm da vida.

Já agora, e a modos que adenda: apesar de no bucólico sossego de Nenhures, não deixo de me irritar com a parvoíce d@s luso-entusiasmad@s com a eleição de uma mulher para a honorífica vice-presidência americana (e tant@s del@s no restos dos dias tão sensíveis ao anti-americanismo "abissal"). É que, apesar de tudo, a gente é europeia ("nordestina", no tal linguajar "abissal"). Na história, nos valores e até no chamado "modelo social europeu". Contexto no qual temos a presidente von der Leyden (não "a" Ursula, claro). E no qual desde há muito que a estadista mais importante é a chanceler Merkel (não "a" Angela, claro). E no qual é relevante o esquivo Boris Johnson, epígono de Thatcher (que nunca "a" Margaret, claro). Esta americanização dest@s ufan@s, esta afinal sua tesão pelo "noroeste", é mesmo muito parola.

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