Meio milhão de votos! No "inominável"?, no " coiso", como lhe chamam os "verdadeiros democratas" fervilhantes nas redes sociais? Serão assim meio milhão d'"inomináveis", de "coisos"?
Ontem na SIC 2 próceres "comentavam", "fazendo a cabeça" da turba burguesa telespectadora: o advogado Júdice (a que propósito tem ele aquele tão grande palanque?) e o Prof. Louçã (que mente sobre propostas da IL e não se retracta; que diz gostar a Alemanha disto do Covid porque ganha com a crise; com estes ditos, a que propósito é que esta aldrabismo básico tem tamanho palanque ...?). Nisso conclui então Louçã, mui assertivo, que os votos em Ventura lhe chegavam directamente do PSD e CDS, a direita... (agora já "democrática", candidata Gomes dixit, mesmo que " liberal" ainda lhe venha igual a Pinochet).
Então lembro-me de Palmela: não é um ermo alentejano calcorreado por hordas nómadas da "etnia cigana" (agora diz-se assim). Mas Vale do Tejo, urbano. De onde, das cercanias do seu "castelo altaneiro", se vê Lisboa. Câmara do PCP (+9000 em 2017), secundado por PS (+6000), onde PSD/CDS unidos valeram ... +2000. Comparai com os votos de ontem. Quereis o Alentejo das tais míticas hordas, o "profundo"? Deixo como exemplo o belo Alandroal.
Grandes transferências de eleitores nunca são iguais. Mas há tendências (e a França é um bom modelo, ajuda a pensar), basta ler. Ou então não se leia, ouça-se a ladainha reconfortante a la Louçã.
Eu tenho uma explicação para os resultados eleitorais de ontem, em particular para a ascensão do prof. Ventura: foi um "downburst". Bastará chamar um director da PJ para identificar a Árvore assassina. E tudo ficará bem. Sem "coiso" "inominável".