Cabo Delgado
(Quissanga, na semana passada)
O que se passa em Moçambique é verdadeiramente extraordinário, único. Ontem a guerrilha islâmica atacou Muidimbe, situando-se na encruzilhada Nairoto (e daí a Montepuez) - Mueda (anunciada junto da população como próximo alvo). E regressou a Mocimboa, de onde, tal como de outros locais da costa, há já fluxo de refugiados marítimos para Pemba. Nesta há tensão e, porventura especulativos, rumores sobre ataques nos "bairros", nos arrabaldes.
Há filmes, oriundos dos próprios guerrilheiros. Ouve-se português, para além de suaíli e outras línguas que desconsigo identificar. Mas são o suficiente para discordar daqueles que negam a sua origem interna, pelo menos parcial. E é explícita e reclamada (os filmes são da autoria dos guerrilheiros) a causa islâmica. Seja ou não a única, a motriz fundamental, isso é o que a análise poderá questionar mas nunca negar a priori.
Em Maputo continua o silêncio estatal, algo quase único na história. Em Maputo continua o relativo silêncio geral: no facebook vejo mais gente a ecoar a falsidade emitida pela grupos demagogos homossexuais que andam para aí a gozar com a doença do ministro da Saúde israelita do que sobre o Cabo Delgado. É a inconsciência generalizada!!! E alguns intelectuais continuam, ciosos, a higienizar o seu querido Islão, o bem-estar da família. Não há nada como ir a Meca para toldar a mente.
Quanto a nós, se pontapearmos os cristãos, em particular os católicos, tudo bem (e como tantos deles o merecem). Mas criticar os islâmicos? Nem pensar.