No mesmo dia, algo histórico, que se aprova a lei da eutanásia, e todos seguem alardeando os valores que enquadram a decadência humana, irreversível e universal nas suas tão diversas e dolorosas formas, e sobre a qual se convocaram tão belos sentimentos, nesse mesmo dia os mesmos pios abutres mergulham sobre um homem evidentemente devastado pela vida [Nota: julguei-o ainda mais velho, mas tem apenas 59 anos]. Destratar cavalos e cães é horroroso. Mas não tanto como estes omnívoros moralistas. Fica a minha vénia ao grande cavaleiro João Moura. Neste momento em que é notório o quanto quebrou.