O meu Natal
Nos últimos dias amigos perguntavam-me o conciliar "Como vais passar o Natal?" - tal como agora perguntarão o sequencial "Como foi?". Fraternidades às quais deixo eu o sempre "Como sempre". Esmiuço-me,
na noite da Consoada culminei em lar de família querida (re)vendo o natalício indefinitely de "Notting Hill". Fora antes frugal - "pai, não estás a comer nada!", ouvi de familiar mais-que-muito-querida -, evitando a impante doçaria, restringindo-me a mera lasca do peixe seco e a uma dupla tira de ave, tasquinhando, registei-o, um queijo de ovelha. No dia seguinte, o propriamente dito - e porque isento que estou desde há anos de almoço comum -, (re)vi comigo mesmo o "Love Actually". Após o que regressei ao conforto do lar comungado, repetindo-me no apreço pelo - pequeno - queijo, e tendo mordido um coscorão, pois tem de ser...
Assim, mesmo se muito reconfortado, invadi-me com a nostalgia do "It's a Wonderful Time", esse que não mais reverei.
(Joni Mitchell, Both Sides Now)
Regressámos à casa própria. Aqui nos auriculares deixei, em contínuo incessante, esta carol. Trauteando "I've looked at clouds from both sides now ..."