O Primeiro de Maio
A globalização imparável: aos 58 estreio-me num Primeiro de Maio, feito turista observador das coisas andinas. Comparando com as coisas lá de casa noto algumas parcas diferenças quanto aos fenotipos caminhantes e uma enorme placidez manifestante (no meio daquilo há imensos cãezinhos pelas respectivas trelas). E o mesmo folclore: nesta secção após terem passado as efígies de Ernesto Guevara, as blusas clamando CCCP ou "Lenin vive" - a matriz das assassinas FARC e quejandos - saltam-me à vista estes, os do patético "x" em riste. Rio-me alto, nisso sou visto mas decerto que incompreendido. Depois, lá mais para o fundo - a longa cabeça do desfile era de sindicalistas, estas tralhas estavam remetidas para o fim - ainda surgiriam um bando de putos vestidos de preto, "antifas", gritam-se, e ainda uma vintena de surpreendentes "cabeças rapadas antifascistas", musculosos, excitados e tatuados. Enfim, pouco me faltou para ir beber uma imperial à "Portugália". Com xs clientxs...