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Mai22
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jpt
Quando era novo (que o fui...) entrámos na CEE, ao país chegou imenso dinheiro, nisso imensa gente se tornou verdadeira consumidora - afã que, no meu caso, recordo com efectiva saudade. Nessa era houve também uma revolução tecnológica, a televisão emitia a cores, os jornais desportivos tornaram-se diários, inventara-se o CD e, imagine-se, nas melhores casas até havia telefones portáteis.
Nesse mundo de abundância grassaram os publicitários, de imensas remunerações, frenesim laboral e mesmo legitimação intelectual (O'Neill, lembremo-nos, e não só). Nisso tornaram-se até "criativos", tamanha reputação que chegavam a ser convidados para as mesas alheias, onde debitavam os "conceitos" que conduziam a sua inovadora profissão.
O tempo passou, a gente consumidora reforma-se, os que chegam a crescidos já só "clicam", é o primado do "scroll down". Decerto que ainda haverá publicitários mas não sei se ainda são convivas apetecidos... Até porque, entretanto, fomos percebendo que bem antes já havia quem tivesse "conceitos", "criativos" perspicazes que bem sabiam vender qualquer tralha...