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Nenhures

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O iraniano Taremi, avançado do Futebol Clube do Porto, é um bom avançado. E é manhoso, perito naquela consagrada tarefa de "cavar penalties" - e os mais-velhos lembrar-se-ão do sempre entusiástico Paulo Futre, então ainda jogador, a declarar qualquer coisa como "fui para a área para cavar o penalti". Nisto das grandes penalidades a nossa percepção, opinião, convicção, muito depende das marés que os trazem. Nos finais de 1983 o grande Chalana mergulhou para a grande área do (literalmente seu) estádio da Luz, o herói Rui Manuel Trindade Jordão converteu o justíssimo penalti, a malvada União Soviética foi assim arrasada, perestroikada / glasnostada avant la lettre, e a Pátria seguiu à bela campanha do Euro-84, 18 anos após a primeira (e então única) qualificação para um torneio de selecções. Já em 2000 um falsário árbitro inventou um penalti aos 119 minutos da meia-final do campeonato da Europa, afirmando ser mão a óbvia coxa de Abel Xavier e assim possibilitando que as potências do pérfido Eixo discutissem o triunfo final.

São apenas exemplos maiores do que acontece todos os fins-de-semana - aliás, todos os dias, nesta era digital, em que é preciso encher de bola os milhares de canais televisivos globalizados. E todos os adeptos, sem excepção, tendem a "puxar a brasa à sua equipa". Uns mais descaradamente, outros menos. Mas, repito, todos... Ainda assim nas últimas décadas algo vem mudando: primeiro com mudanças nos regulamentos disciplinares, com punições aos saltimbancos menos talentosos. E depois através da disseminação das ajudas tecnológicas às arbitragens, associada à tal globalização da televisão digitalizada, o que tornou as escandaleiras muito mais... escandalosas. Ou seja, a aldrabice dentro de campo passou a ser mais punida, menos produtiva e - exactamente por estas razões - menos respeitada.

Neste âmbito e nesta época Taremi será um dos "últimos moicanos", até um item de património cultural intangível, pois um lídimo representante de eras passadas. Pois atira-se para o chão sem rebuço e colhe lucros com a risonha desfaçatez com o que o faz. O que lhe será facilitado pelo seu enquadramento laboral, protegido que está pelo truculento e histriónico falso azedume regionalista do seu patrão e das massas a este congregadas.

É óbvio que os adeptos do seu clube sobre ele pensam, sentem e opinam de modo diferente - por questões da mera bola mas também "animados" pela propalada "alma" regional, essa que nos campos de futebol se imagina gritando até à exaustão "São Jorge!" contra os "mouros" ditatoriais, totalitários, cleptocratas, os centralistas que colonizam e esmagam o sacro Portucale. Por isso as quedas de Taremi são-lhes sempre naturais, legitimamente causas de castigos à Besta Alheia, pois efeitos de intencionais acções dos demónios coloniais, essas energias eólicas, hídricas, fósseis, animais, mesmo metafísicas. E, por  vezes, até humanas.

Mas, de facto, o homem vem exagerando nas suas coreografias. Como aqui narrei há algumas semanas, fartei-me de rir ao vê-lo num Porto-Arouca, jogo que ficou celebrizado pelos 20 e tal minutos de descontos dados, a ver se o Porto não perderia o jogo, tamanha a desfaçatez com que ia fingindo ser alvo de incorrecções alheias. Seria até ridículo se os árbitros, sempre temendo as influências portistas e o crivo crítico do batalhão portista de comentadores radiotelevisivos e da imprensa escrita, não tendessem a aceitar as evidentes pantominas. Assim, pura e simplesmente, falsificando... as apostas desportivas, acção que julgo punível por lei extra-futebolística.

Leio agora que Carlos Xavier - antigo excelente jogador do Sporting e agora comentador do canal televisivo desse clube - "passou-se" com as constantes trapaças taremianas. E disse na televisão o que os adeptos dizem quando entre amigos. Qualquer coisa como o sacaninha deste estrangeiro veio para cá e agora é um fartar vilanagem.... Mas em vez de estrangeiro chamou-lhe "muçulmano", no que foi um verdadeiro autogolo. Cai o Carmo e a Trindade, hoje em dia entidades ecuménicas... E logo se conhecem invectivas de instituições consagradas na abjecta ditadura iraniana, que apresentam queixas de "racismo". Os mariolas regionalistas (de retórica secessionista) do FC Porto associam-se a esta inadmissível intervenção. Em vez de matizarem, como seria curial, a situação, para melhor entendimento estrangeiro do mero "fait-divers"...

Entretanto o agora comentador Carlos Xavier retractou-se (e não "retratou-se", como escrevem os patetas do AO 90, pois isso trata-se de outra coisa completamente diferente). Ainda assim a Federação Portuguesa de Futebol - essa instituição tutelada pelo Estado e que deste vem recebendo inúmeros apoios, o que não a impede de tentar descaradamente tornear o regime fiscal quando contrata trabalhadores - tem o atrevimento, decerto que inconstitucional, de instaurar um processo contra o canal televisivo do Sporting por causa do que um comentador disse. Estamos em 2023, nas vésperas do 50º aniversário do 25 de Abril. E a FPF instaura um processo destes. E o Dr. Fernando Gomes, seu presidente, não só não é rispidamente chamado à atenção por parte dos eleitos para os órgãos de soberania máximos da República, como decerto é e continuará a ser anfitrião e visita, muito cumprimentável, do PR, do PM, do PAR, de ministros, deputados, juízes, procuradores e etc. Se assim é para quê comemorar os 50 anos do regime? Para que irão gastar bons dinheiros em exposições, livros, conferências dos professores Fernando Rosas, José Pacheco Pereira e outros, sobre censura, e etc.

E entretanto uma tal de Entidade Reguladora para a Comunicação Social - sobre a qual apenas sei o que era a Alta Autoridade para a Comunicação Social, coisas risonhamente contadas pelo meu grande amigo Aventino Teixeira, que a essa pertenceu durante anos - tem também o desplante de anunciar que está "a analisar" as declarações de Carlos Xavier. Sobre o clima de guerra no comentariado futebolístico que grassa há tantos anos, e sua influência nas mundivisões mas também nas acções violentas do público dos espectáculos desportivos, nada diz a tal de ERC. Sobre o aldrabismo militante do jornalismo futebolístico, tantas vezes obviamente encomendado pelos agentes económicos envolvidos, nada diz a tal de ERC. Sobre o ataque à liberdade de imprensa efectivado pelo inaceitável processo instaurado pela FPF - como se esta fosse um Estado (ditatorial, censório) dentro do nosso Estado - nada diz a ERC. Está sim a analisar uma "gaffe" deselegante, inapropriada, excitada, do bom e íntegro Carlos Xavier.

Isto não é uma Entidade Reguladora para a Comunicação Social filiada ao actual "wokismo". É apenas a sua sonolência. A sonolência dos pequenos mandarins avençados, ali instalados pelos poderes...

Deixemo-nos de coisas. Taremi é um sacaninha, um jogador estrangeiro que no nosso país constantemente aldraba o jogo - mas em outros não o faria, pois seria constantemente castigado se fizesse coisas destas. Quer ele continuar assim, quer o seu patrão que continue assim? Ok, então faça-se isso sem queixumes, invectivas ao "racismo" e "xenofobia" alheia... Façam-no com elegância, até humor... Há trinta anos o grande avançado Jurgen Klinsmann tinha a fama (e o proveito) de se atirar para o chão nas grande-áreas adversárias, de "mergulhar". Foi contratado pelo Tottenham para a então ainda inicial, mas já milionária, Premier League. Logo se estreou a marcar. E introduziu este "mergulho" comemorativo - esse que ainda tanto se vê, mundo afora... Nessa festiva ironia mostrando que em nada se restringia à mera aldrabice, abjecta. 

Nem à tal sonolência bem-remunerada dos pequenos mandarins.

 

(Jurgen Klinsmann's first Tottenham goal)

Ele é o meu mais antigo amigo em exercício. Pois nos conhecemos na primária no Valsassina. E, depois, sendo vizinhos olivalenses, assim fomos continuando, até agora, ambos nas vésperas da era sexagenária. Apesar das andanças austrais, mais prolongadas as minhas do que as dele... Entretanto o pós-Covid foi-nos fixando fora de Lisboa, e vão escasseando os encontros - ainda que ele seja dos que vão aparecendo em nenhures quando sobe até ao Tejo.
 
E ontem aportou ele, vindo dos Algarves, onde vai maturando com a sua Senhora. Fui à gaveta buscar um velho cachecol, apanhei o metro, uma dupla via, calcorrei do Santo António até casa dele. Recebeu-me ele vestido com uma também velha camisola do clube. Dedicámo-nos, com reciprocidade simétrica, umas violentas imprecações - que há coisas que nunca podem mudar. Depois falou-se um bocado da vida que vai sendo. E, até, um pouco daquela que esperamos ainda vir a ser, que a expectativa é a última a morrer (e não a esperança, como dizem os tolos). Comemos um pacote de batatas fritas, a acompanhar uma boa garrafa de vinho tinto, isto tudo à varanda para que fosse eu fumando. Entretanto na sala a televisão mostrava o Long Goodbye do Porto-Arouca. Levantámo-nos para ir ver um penalti às duas horas de jogo, ou coisa parecida. Rimo-nos, eu disse umas valentes bojardas (sou mais loquaz do que ele), rejuvenescidos - pois regressados à era dos Adrianos Pintos, Lourenços Pintos e outros Pintos, na qual éramos bem mais vivazes do que neste tempo de Rui Moreiras e quejandos. Depois ele abriu outra garrafa de vinho, viu-se o Braga-Sporting, ao intervalo partilhámos uma pizza. Recebi um querido e bem-humorado telefonema do Minho. Aventámos que esta semana próxima, na qual por cá estaremos, ainda nos reveremos para um jantar, talvez com amizades comuns, talvez não... Um brasileiro na UBER trouxe-me tranquilamente a casa.
 
O futebol é uma coisa porreira. Pois só isto conta.
 
(E as boas jogadas do Taremi...).

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Viver é ver morrer os nossos, os queridos e os ídolos, um contínuo desmate afectivo. Morreu agora Keita (o Keitá! dos locutores radiofónicos de então, Salif Keita Traoré), o enorme jogador maliano, uma estrela daquela época - e hoje seria uma macro-estrela global... - que o Eterno Presidente, Senhor João Rocha, teve artes de trazer para o Sporting.

Na época o divino Vítor Damas partira para a malvada Espanha, de onde nada de bom vinha, o herói Agostinho andava pelas Franças aos (gloriosos) terceiros lugares, e o nosso Hermes Carlos Lopes fora ultrapassado pelo finlandês Viren. E Yazalde transferira-se - pela fortuna de 12 500 contos (60 mil euros) - para Marselha, bem antes do malandrete Tapie lá mandar. O nosso panteão estava um bocado desertificado, enquanto os atrevidos lampiões controlavam o Portugal do PREC como o haviam feito no ocaso do Estado Novo, e a diabólica parelha Pedroto-Pinto da Costa começava as suas tétricas manigâncias, que ainda hoje perduram.

Mas no José de Alvalade ascendeu uma Trindade, em avatar de "tridente" (como então não se dizia), a preencher-nos o culto. Eram o sempre nosso "Manel" (Fernandes), o fabuloso Rui Manuel Trindade (lá está) Jordão - o que teria este avançado hoje em dia, um génio do futebol! E Keita! Chegado já trintão, veterano de inúmeras pelejas, fugido de Espanha - tal como Jordão - por razões de maus-tratos rácicos na imprensa (os tempos de então eram bem piores do que os de hoje). Classe pura, distribuindo júbilo pelas bancadas - ainda me lembro, ele, mesmo já o tal veterano, a meter a bola por um lado do defesa e a ir buscá-la pelo outro, que jogador é que faz isso hoje, todos amarrados às tácticas, à "posse de bola" e às "coberturas"?... Era o Maior!

Mais um capítulo na polémica! Vídeo mostra Jenni Hermoso a rir-se do beijo de Rubiales

A plataforma SAPO publica um curto vídeo (que não é integrável em blog - e não compreendo como uma plataforma que acolhe blogs não inclui uma opção "incorporar" nos vídeos noticiosos que publica, como fazem várias outras plataformas) em que se vê a futebolista Jenni Hermoso e as suas colegas, recém-campeãs, a rirem-se, com humor e sem preocupações ou mágoas, da beijoca entre o presidente da Federação de Futebol e essa futebolista durante a cerimónia final do Campeonato de Mundo de futebol. É evidente o júbilo, brotado da vitória história, mas ressaltado para as brincadeiras entre várias jogadoras que, em coro, referem o brevíssimo episódio. O filme, que decerto muito em breve estará em plataformas que permitem a sua captação para blogs, está aqui.

Como é sabido, passados dias, após a estratégica intervenção de ministras socialistas espanholas - decerto que influenciadas pelo confronto com os peculiares discursos sobre este tipo de temáticas emanados do partido rival VOX, e isto sublinhado por se estar em pleno processo de formação de governo  coligado no país - a jogadora apareceu a lamentar-se do caso. Depois secundada pelas colegas. E por todo o lado - desde a patética intervenção do porta-voz da ONU até ao próprio Delito de Opinião, passando pelo primeiro-ministro espanhol até aos patetas televisivos nacionais do costume - cai o "Carmo e a Trindade", denunciando o caso de "assalto", "assédio sexual", de machismo empedernido que teria conduzido a tamanha violência. A própria SAPO destaca hoje um postal lacrimejante sobre o assunto, que remete - dando-lhe estatuto de prova - para um texto de jornalista espanhola que afirma haver machismo e falta de educação entre os membros da federação espanhola de futebol. Nem duvido que haja, mas a questão é outra: o que aconteceu ali, durante a cerimónia?

aqui botei sobre o assunto: o que o homem fez - ainda por cima sendo ele não um "doutor" tutelando a bola nacional, mas um antigo jogador -, é mesmo o inverso, tratou a jogadora "como um homem", replicando um gesto tantas vezes feito pelos praticantes quando em júbilo. Para não me repetir sumarizo: é um gesto assexuado (no sentido de desprovido de erotismo). Basta ver. Voltei ao assunto aqui, diante da histriónica incapacidade analítica de propalados intelectuais. Esse tipo de gente para quem é porreiro surfar as vagas em voga, e botar umas coisas na imprensa...

O assédio sexual (laboral e não só), a violência sexual, o mais abrangente machismo, são temas fundamentais. A combater, pela lei, pelas instituições, pela opinião pública, pela sensibilização. Profissionalmente cruzei casos tétricos disto. Até incríveis, de inacreditáveis, passe a aparente redundância. Mas quando uma mulher feita e realizada, trintona bem sucedida, campeã mundial, se ri a bandeiras despregadas, quando um conjunto de mulheres feitas e realizadas, profissionais campeãs mundiais, se riem a bandeiras despregadas, isso a propósito de um gesto que bem entendem desprovido de qualquer violência ou ameaça, não  podem depois invocar terem estado sob "assalto", "assédio", "violência". Nem há argumentos convocando contextos "infalsificáveis" (a la Popper) que justifiquem estas inflexões interpretativas. Ou seja, entenda-se, como prevalece um machismo violento e desrespeitador aquele gesto é violento e desrespeitador. Isso é um acto falsário, um silogismo aldrabão. E contestar essa evidência, em nome de uma qualquer "boa causa", é apenas desvalorizar, apagar, superficializar, as abissais realidades do "assédio", da "violência sexual", do "machismo", mundo afora. É uma pantomina abjecta. Matéria-prima por excelência para políticos demagogos e para os "activistas" de agora. Mas uma vergonha para quem se veste (ou traveste, melhor dizendo) de intelectual, de militante. Ou, pior do que tudo, de professor. Uma vergonha intelectual. E uma vergonha moral.

E isto tudo independe de Rubiales.

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Na actualidade há um grande alarido, um pessimismo político constante, que vem de todos os sectores. Não vigoram grandes utopias (aleluia!!), nem mesmo distopias, é mesmo só "isto está uma desgraça" à mesa do café. Se calhar o pessimismo sempre aconteceu (por cá, em tempos terá dado gás a um "sebastianismo" a que já ninguém acorre...), e o alarido também. Mas agora é mais tonitruante - um estardalhaço decerto que proveniente do impacto da revolução digital na imprensa, essa miríade de canais radiotelevisivos concorrenciais e demais "órgãos de comunicação social". E na emergência das "redes sociais".
 
Mas esse alarido escatológico cria uma percepção de crise política, degerenerescência democrática, que é errada. Pois, de facto, as democracias liberais estão muito mais viçosas do que antes. Nas décadas precedentes - quando até eu era novo - a rapaziada mais rústica, dada à nostalgia por uma velha "Ordem Nova", sorria, melíflua, num "antes Suharto do que Sukarno" ou "apesar de tudo vá lá Pinochet, pois aquele Allende...".  E os "progressistas", os nossos próprios e os dos vizinhos, na expectativa de "amanhãs canoros" tinham como sonhos e causas erguer Berias, Hoeneckers, Hoxhas, louvavam Neto, a família Castro e - até - um Sung do pensamento Juche. Ou, vá lá, se mais calmos, suspiravam por Boumédiènes. E nisso sorriam, os que não exultavam - feitos "revolucionários" -, com os ideais de matar Mountbattens, funcionários espanhóis, alemães se ocidentais, Moros. E, já agora, dar um tiro no malandro da Santa Sé. E nisso, à nossa pequena escala, até mesmo "terminar" alguns anónimos portugueses, em nome do Herói Otelo, esse tão homenageado ainda agora por (proto)aposentados da função pública. Enfim, era o sonho de "transformar o mundo", e de criar o "Homem Novo". Nisso derrubar regimes. E também, em capítulo que não era mero rodapé, apear as monarquias restantes, ditas ilegítimas, e não só porque capitalistas, pois coisas do ócio irracional e da injustiça hereditária.
 
E agora?, após trinta anos de internet e vinte da digitalização do quotidiano, o que move os tais "progressistas", "revolucionários"? Tudo se tornou qual uma "sociedade de corte", essa que Norbert Elias dissecou... As nuestras hermanas ganham um torneio de futebolada. E erguem-se as "vítimas da fome...", clamando contra a "falta de (boas) maneiras", isso de um pateta histérico acariciar os genitais diante da rainha e das princesas de Espanha. Por cá tudo mudou, nesta senda do tal "Homem Novo". Há duas décadas Louçã e seus esbirros abandonavam o parlamento quando um Borbón entrava. Agora cultuam o "respeitinho é muito bonito", em especial se diante de Sua(s) Majestade(s). Podem parecer, e são, ridículos. Mas nesta mansidão - e por irritantes que possam aparecer - são melhores vizinhos, alheados das iras anti-regimes. Pois desde que haja "decência" tudo corre pelo melhor.... E as Majestades também concordarão com isto.
 
Deixo pequena nota de rodapé, meu contributo ideológico para que "o Sol amanheça para todos" e as "Luzes" se instalem. Como é sabido os gestos não têm significado universal. E o celebratório coçar da tomatada espanhol tem um correpondente português, este actual semi-manguito, o antebraço de punho fechado impulsionado na semi-horizontal o número de vezes correspondente ao júbilo de quem o brande. Quem veja um jogo de futebol - e outros desportos mais exultantes - vê-lo-á, repetidas vezes. O viril (e heternormativo) significado deste gesto "penetrador" é exactamente o mesmo. Espero assim que os damos, as damas e es dames se aglutinem em arruadas e abaixo-assinados da próxima vez que um qualquer jogador, treinador ou dirigente clame assim o "já lá está todo dentro", "f....-te/vos". Pois ainda que sendo nós uma república também exigimos ter boas maneiras...
 

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