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Desta vez não venho vender livros, como quando há meses - e para notório fastio de alguns - fiz, ao tentar impingir o meu "Torna-Viagem". Pois agora apenas dou: um texto longo – seria maior do que um opúsculo, se eu o fizesse como tal. Há anos participei numa homenagem ao historiador José Capela - a que teve este cartaz, que encima o postal -, grande figura da história de Moçambique e de Portugal em Moçambique. E do escravismo. Depois reescrevi o texto. Agora, como o nosso presidente vem recomendando que atentemos nesses assuntos, decidi divulgá-lo - é longo, repito, e não o escrevi para ser fácil, “amigável ao utilizador” mas apenas como dele gosto. E não é, decerto, ajeitável ao uso dos “activistas” de agora. E divulgo-o também para reavivar a homenagem a Capela, homem que esteve bem à frente do seu tempo e da maioria dos (pobres) pares.
Aqui fica a ligação ao meu: "José Capela: o escravismo em Moçambique como violência estruturante".
Sobre Capela antes deixara também:
- "José Soares Martins, de pseudónimo historiador José Capela", quando morreu;
- recensão a "José Capela, "Caldas Xavier. Relatório dos acontecimentos havidos no prazo Maganja aquém Chire, Moçambique, 1884";
Venho lembrar os que estão em Lisboa, e nas suas cercanias, que amanhã (18 de Maio, fim da tarde) o Nuno Quadros apresenta no Príncipe Real (na "Cabana", no Espaço Embaixada), o seu livro, a que tão apropriadamente chamou "Antes que a gente morra".
O livro é muito de saudar, pois o Nuno “chegou-se à frente”, numa prosa desinibida de suave sorriso trazendo-nos as suas memórias dos agitados mundos em que tem vivido: do tardio Lourenço Marques até ao Maputo de hoje, cruzando os outros continentes pelos quais tem passado o seu agitado percurso, e nisso também evocando com extremo carinho gente de quem se gosta. E - também muito a saudar - sem com isso nos chatear com manifestos, diagnósticos, proselitismos ou sentenças… o livro é para ler, mesmo.
E amanhã é aconselhável aparecer no "lançamento" - decerto que haverá as obrigatórias "breves palavras". Mas também um ponderado copo de vinho e alguma música para dinamizar o tão necessário Convívio... "antes que a gente morra".
Por mim, caso a malvada IBERIA me consiga levar a Lisboa a tempo disto, lá estarei. Até porque acalento a utopia de lá também encontrar alguma chamuça, para apicantar o tal... convívio.
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