31 de Agosto na esplanada dos Olivais, uns amigos a chegarem de férias, outros preparando a partida (quiçá também eu, pois até a mim acicatam a demandar o temível Algarve, num "anda lá!" camarada). Mas, e acima de tudo, a tarde escorre no frenesim do Sporting-Porto que aí vem, enquanto a imprensa regurgita o xenófobo despedimento do estrangeiro do Benfica ("CHEGA", clamam os benfiquistas enquistados!!), após a escandaleira da véspera em Moreira de Cónegos (vero "roubo de catedral", como décadas atrás era tão comum, e como há pouco Vieira recuperou como modus faciendi). Nesse entretanto, de múltiplas, até demasiadas, rodadas de "imperiais" feito, um amigo avisa-me, ladino sorridente, "já te vendi 4 livros", ali mesmo, agora mesmo, à mesa. De facto o Afonso é o meu agente dilecto, pois enquanto eu aos outros apenas tartamudeio a disponibilidade do meu sofrido (sofrível?) "Torna-Viagem" (só se compra através desta ligação), ele impinge-o sem rodeios aos mais hesitantes em comprar (livros) na internet. Num até arisco "ainda não tens o livro do Zezé?", "então dá cá o dinheiro que eu compro-to....", lesto, até ávido, no teclar do telemóvel. Implacável, talentoso. E os incautos olham-no irresistível. E pagam...
Eu sorrio, claro, pois assim sendo as vendas aproximam-se dos 200 exemplares. Explico-me: muitos anos a escrever em blog(s) e uma série de amigos a convocarem-me a publicar em livro. Tanto que fiz colecção para tal. E logo alguns desses amigos a fizeram chegar a editores. Até mesmo, os mais das letras, aos seus editores. Nenhuma resposta, como dizem ser hábito nessa gente - estou habituado, um tipo candidata-se a imensos empregos e não lhe respondem, é a cultura tuga, não é esta ignomínia um monopólio livreiro... Até que um desses editores - que publica um talentoso amigo meu - me respondeu, simpaticíssimo mas acima de tudo competente pois... respondendo. Dizendo-me, em suma, "gosto do que li mas venderá 200 exemplares em livraria e perderei dinheiro".
E assim, se conseguir vender essa quantidade nesta difícil modalidade de edição de autor, numa plataforma digital com impressão por encomenda - os livros ficam mais caros, a compra é mais difícil, a visibilidade é nula - poderei pensar, até especulando sorridente "em livraria teria vendido... 400, não terias perdido dinheiro!". Mas é certo, neste molde os livros ficam caros: amigo no Brasil apenas praguejou, tanto que lhe enviei um exemplar (o meu único, diga-se), tão querido me é ele. Outros amigos de cá, tesos como eu, resmungam um "quatro euros!" ao custo do envio postal, e que lhes posso eu dizer?, é esta a forma que me foi possível publicar sem despesas para mim, as quais impossíveis me seriam, afianço. Pior ainda se "lá fora": de Macau um co-bloguista disse-me esta semana que a remessa lhe custaria 39 euros (!!!!) - "foda-se!", não lhe respondi eu - e que assim o tinha encomendado para um endereço amigo na velha "metrópole". Diante disso, estupefacto, fiz uma agora uma (tardia) simulação de envio para Maputo: 23 euros custará, um disparate para um livro que custa 16 (380 páginas, ficou assim...). Enfim, ficou o livro proibitivo no alhures em que tenho gente conhecida.
Mas retomo o que ia dizendo, por cá, "pátria amada", avanço para as tais 200 cópias vendidas. Sem divulgação que não seja a minha, e o boca-a-orelha de alguns amigos/conhecidos. "Tens de continuar a divulgação por ti mesmo, insistir nisso" dizia-me há tempos, enquanto manducávamos, o confrade bloguista Pedro Correia, culpado ele próprio de um vasto punhado de livros e, como tal, sabedor da poda. O Pedro foi mesmo companheiro e deixou um grande elogio ao livro - tamanho que, por si só, justificou a trabalheira da empreitada. Pois a gente envelhece, e por rústico que fique o ego amolece-se aos mimos alheios. E nisso promoveu mais uma dúzia de vendas... Após o qual lhe prometi, me prometi, que em chegando ao tal número redondo, as 200 vendas, farei um "prova cega" de chamuças, nisso também recordando o "lançamento" do livro, no Roda Viva, restaurante moçambicano em Alfama, uma bela festarola até à 1.30 h. matinal pela qual passaram cerca de 90 pessoas: "isto é que é um lançamento de um livro!", repetiram-me os convivas mais noctívagos, enfáticos... E no qual vendi... 3 livros! Pois quem lá foi já teria encomendado o livro. E não havia (não há) exemplares físicos para o, já "aquecido", "levo mais um!!!". Coisas do método de publicação...
Mas mais, se conseguir cruzar o tal agora mirífico ducentésimo "Torna-Viagem" atrever-me-ei a colocar no "éter" mais dois livros. Um de opiniões apostas ao longo destas décadas de blogs - não são "crónicas", mas textos de opinião. Não sobre "Sócrates" e quejandos, que tanto nos ocuparam o bloguismo, mas sobre o mundo. Pátrio. Levará o nome de "O Podcast Mudo", título que muito me agrada. E um outro, produto da minha tentativa de tese - "não vais agora entregar um doutoramento", disparava ontem, certeiro, um catedrático amicíssimo, "claro que não, mas boto em livro", "ok, ok, assim está bem", aplaudiu ele. Será o meu "Basta Viver", verdadeira filosofia de vida...
Enfim, tudo isto é um (longo) preâmbulo para o cerne do postal, que quero uma espécie de "dossier de (falsa) imprensa" sobre o meu Torna-Viagem. Livro do que sou, escrito com os colhões - "não uses palavrões", zangar-se-ão comigo, até irados, mas não há equivalente para o termo, tão de semântica própria, nem "testículos", nem "vísceras", muito menos "alma", ainda que eles vestidos, convenientemente tapados, e falando castos. Não têm essas historietas o "imaginário" dos locais percorridos - caramba, eu sou antropólogo, não vendo essas tralhas, digo-as até vergonhosas, papáveis por incultos, ingénuos militantes. São historietas só eu mesmo... Um longo "on the road". Valem o que valem, mas não mentem. Ao menos isso.
Quanto ao tal "dossier de (falsa) imprensa" que aqui colijo - ou seja, uma súmula do que sobre o livro foi falado nas redes sociais: é certo que manda a decência (um mínimo dela, que seja...) que um tipo não ande por aí a repercutir elogios alheios que recebeu. Mas suspendo-a, à tal decência, no intuito de convencer mais alguém a ler (ou mesmo a comprar) o "Torna-Viagem".
Aqui estão os textos que guardei:
1. No Facebook do Luis Novaes Tito (21 de Março), veterano confrade bloguista, foi precioso pois a encorajar os renitentes a usar este método de compra de livros (impressão por encomenda digital): "Já recebi o meu Torna-viagem (o jpt do ma-shamba). Vou, para já, deixar só três linhas sobre o método “impressão sobre demanda” que achei interessantíssimo pela forma ecológica que significa e, agora que o processo se concluiu com a recepção do papel, pela eficiência conseguida.
Entre a encomenda e a recepção passaram quatro dias e tudo se processou com limpeza assinalável, incluindo no “tracking”. A edição da Bookmundo.pt é aceitável/bom. O livro chegou de Espanha pela Mibestseller.Es (penso ser uma sucursal da MyBestSeller B.V. – Países Baixos http://mybestseller.com ). Vantagens do método: Satisfação - A "vanity press", na expressão do autor (JPT), que assim publica sem a necessária complacência do editor; Pelintragem – A ausência da necessidade de “pocket Money”, na expressão deste vosso amigo (LNT), para dar à estampa sem o “Money” no bolso; Preguiça – A desnecessidade de ter de apanhar o Metro para ir à livraria; Ecologia – A poupança de árvores abatidas e de pó, ou tintas, dado que a impressão do calhamaço só se faz a pedido. (não há sobras) Até para um não adepto do LIVRE ou do PAN a coisa seduz. (...).
2. Também confrade bloguista, e nisso sempre pensador arisco, desenfiado "aos do costume", deixou Henrique Pereira dos Santos (28 de Maio): "Se me obrigarem mesmo a dizer onde é a minha terra, provavelmente acabarei a dizer que é Moçambique. Não nasci lá (nasci em Angola) e saí de lá cedo, com 14 anos mas, ainda assim, tudo pesado e medido, acho que, a ter de escolher, diria que é essa a minha terra. (...) Sobre o (...) "Torna-viagem", (...) reitero que vale a leitura, é um testemunho que resulta da recolha e selecção de textos escritos ao longo de 25 anos, com variações de temas e até de estilo, com muita coisa interessante. (...) As possibilidades que hoje existem permitem que qualquer pessoa dê testemunho da sua vida, quando acha que interessa pelo menos aos amigos, fixando esses testemunhos em livros. Eu acho isso útil agora para quem escreve, para quem lê agora e para os que um dia venham a ler mais tarde, permite pontos de vista únicos sobre lugares e tempos que entretanto desaparecem. E, no fundo, um livro é tão barato."
O Pereira dos Santos diz, e muito bem, que este tipo de livros, memórias de gente comum, pelo menos pode interessar os amigos (ou conhecidos, adianto) dos escrevinhadores. Alguns desses meus companheiros deixaram notas, que me são verdadeiros galardões:
3. Uma muito querida amiga deixou no seu mural de Facebook um bonito texto, ecoando como ao ler o "Torna-Viagem" me reconhecia a contar histórias em pleno convívio. Infelizmente apagou-o, presumo que desagradada com este meu rumo de amar o (meu) passado e não o (meu) futuro. Reaccionário, dirão alguns incompreendendo do que a vida é feita...
4. O meu amigo Paulo Dentinho botou (17 de Março): "Conheci o Zé em Maputo, no século passado, num tempo ainda de ilusões e optimismo. Ele já por lá andava, adido cultural da embaixada portuguesa, eu recém chegado à terra onde tinha nascido. O Zé dinamizou o centro cultural português. Exposições, concertos, lançamento de livros, houve tanto naquele tempo! Alertou-me para personalidades notáveis e do meu absoluto desconhecimento, como o Gemuce, o Sitoe, o Kheto e vários outros. Pude assim conhecê-los e dá-los a conhecer no então “Acontece”, programa cultural da RTP. Bebemos copos, conversámos, discutimos, discordámos, rimos. E fizemos também um projecto a dois, levando até à Ilha de Moçambique uma grupo de artistas plásticos portugueses. À cabeça, Júlio Resende. Mas o tempo trouxe amarguras, desilusão, desencanto. Eu fui corrido de Moçambique na sequência de uma campanha miserável após as eleições de 1999. O Zé foi corrido do instituto Camões naqueles jogos incompreensíveis da nossa política nacional. Curiosamente, acabou depois por ser convidado para o mesmo lugar no centro cultural francês na capital moçambicana. Tal como eu, aprendeu que isto de ser querer ser independente e apenas servir o país tem custos. Em Portugal, servir o país é servir quem ganha eleições. É ser boy ou girl e estar disponível para ser serventuário do poder. Mas o Zé tem um feitio muito só dele… Embora tendo passado pela proximidade da diplomacia, não resiste quando a mostarda lhe sobe ao nariz. Pois bem, o Zé tem uma série de crónicas de Moçambique, onde o antropólogo que é e o curioso que também é se juntam num olhar crítico. A elas juntou também uma ou outra sobre esta nossa realidade portuguesa. Com a acidez do desencanto, pois claro. Estou a falar de um amigo e do livro de um amigo, não o escondo."
5. O amigo companheiro João Almada, lá de Maputo, botou (23 de Abril): "Hoje, 23 de Abril, é Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Quero, por isso, deixar aqui a minha sugestão de leitura. Proponho um livro sui generis em vários sentidos, tanto no formato, como no conteúdo: não tem uma editora tradicional, física, palpável. A entrega do exemplar é feita após encomenda – mas asseguro-vos que chega tudo direitinho; pode ser lido de trás para a frente, do meio para trás, do meio para frente – os capítulos não possuem qualquer ligação entre si. Quanto ao conteúdo, Moçambique – onde o autor viveu duas décadas – é cenário de mais de 80% da “acção”, mas também Portugal, mais concretamente Lisboa, a sua terra de origem. O autor, pela sua idiossincrasia e profissão – antropólogo – explora tão bem o mato de Cabo Delgado do início dos anos 90 – em muitas aldeias nunca tinham visto olhos verdes, eram “olhos de sapo” – como a vida urbana de Maputo, Beira ou o délabré encantatório da Ilha de Moçambique. (...) é dos maiores conhecedores de Moçambique. Da sua realidade, dos seus contrastes, das suas vivências, dos seus povos, das suas clivagens. Não exagero se disser que o seu conhecimento do país é tão largo como a distância que separa a Ponta do Ouro, no extremo sul, de Quionga, no extremo norte. Os amigos – Kok Nam, Ídasse Tembe, Machado da Graça, Fernando Veloso, Shikanhi, entre outros – e os lugares – são lembrados através de histórias entre o delicioso e o comovente. Há alma, e grande, nas suas histórias. Depois, em Setembro de 2014, vem o regresso à terra, Lisboa, e, mais concretamente, ao bairro natalício dos Olivais, continuando “agarrado” a Moçambique pela “lapa” da toponímia: Av. Cidade de Lourenço Marques, Av. Cidade da Beira, Av. Cidade de Quelimane… As metamorfoses ocorridas em Lisboa nos últimos 25 anos levam José Teixeira a intitular-se “Turista na própria terra”. Há um claro espanto no retorno que o leva a identificar lugares que trocaram de ramo e, obviamente, de nome. As mercearias, as pastelarias, os cafés, tudo tão diferente. E então os pensamentos fluem em direcção à infância e adolescência e para a perda de amigos vítimas dos flagelos da época. Em “Torna-Viagem”, nome do livro, parte-se de histórias para dar a conhecer a História. E regressa-se, torna(se)-viagem, mais well-rounded person."
6. O velho amigo olivalense, e antigo co-bloguista no Olivesaria, Joaquim Paulo Nogueira apoiou-me assim (15 de Março): "Há muito que lhe reclamávamos obra impressa. Agora, aos sessenta anos (...) lança "Torna-Viagem". Antropólogo com vasta experiência de campo em Moçambique ( foi adido cultural neste país, deu aulas na Universidade Eduardo Mondlanee e participou em várias missões internacionais de acompanhamento de processos eleitorais), blogueiro intenso (bloques "ma-schamba", "És a Nossa Fé", " Nenhures" e nos colectivos "Delito de Opinião" e "Olivesaria", onde também colaborei) reune neste livro de pendor autobiográfico uma centena de crónicas escritas durante as duas últimas décadas. As primeiras sessenta, agregadas na primeira parte do livro, à qual chamou "A Oeste do Canal", são dedicadas a Moçambique. Viagens, pequenas histórias e personalidades que conheceu passam pela sua prosa. "Ocaso Boreal", a segunda parte do livro reune as restantes três dezenas de crónicas na qual, como diz "se debate com a sua actual aventura de retornado pós-colonial defronte à "pátria amada"". A escrita do Zé Flávio, amigo de há mais de quarenta anos e com os quais tenho uma saudável divergência política (e uma quase doentia convergência bairrista) é sempre farta e prolixa, informada e culta, instigante, provocadora. por vezes ácida, tantas vezes lúcida."
7. Um conhecimento mais distante, a moçambicana Amélia Russo de Sá, deixou esta gentilíssima leitura (5 de Julho): "TORNA-VIAGEM, é organizado em duas partes e integra uma centena de textos, a maioria curtos e muito, muito bem escritos. O autor, que viveu 18 anos em Moçambique, integrou na 1a parte 60 textos escritos nas ultimas décadas em que conta encontros, viagens e impressões da sua vivência no país.
Acabei de ler esta parte há dois dias e começo por dizer que gostei muitíssimo do que li. Fica-se com vontade de relê-lo , pois ainda que os textos sejam curtos, são também densos de emoções, sentimentos e reflexões pessoais que merecem uma segunda "visita". No narrar das diferentes estórias do que mais gostei foi da capacidade de o autor se interrogar sobre ele próprio e sobre as suas escolhas, à medida que relata factos que viveu com ilustres e desconhecidos . Apreciei a forma como consegue passar ao leitor a emoção humana que sentiu no que viveu, o sentido que deu ao que viveu e as dúvidas que teve e que partilha connosco. Durante a leitura senti lágrimas nos olhos mais do que uma vez. Algumas dessas estórias impressionam pela capacidade do autor em descrever a cena e a sua emoção ao vivê-la , às vezes sem ser demasiado explícita mas tocando o leitor pela densidade emotiva e humana e pelas interrogações pessoais que explícita.
O autor consegue manter-se na pela narração de factos, pelo registo do que se passou e sem que sintamos que ele queira "mostrar-se" mostrar o seu protagonismo. Ele oferece-nos contados factos vividos, não para se enaltecer a si mesmo, mas para, através do que viveu, nos levar a reflectir sobre o humano e a sua fragilidade ; ele vê- se e descreve-se na cena e sai dela para nos passar a emoção humana, já mais reflectida .
As referências ao Niassa e as descrições deixaram-me emocionada. O meu irmão e eu ali nascemos (.nos anos 53 e 55 ) , passámos ali uma infância tranquila, feliz , cheia de emoções; sabemos, sentimos que fomos ali muito felizes, com os nossos pais que tinham por essa região de Moçambique um amor e carinho especiais, ainda que tenham conhecido outras regiões (...). Vale mesmo a pena ler este livro de memórias que o autor dedica à sua filha. E não é preciso terem vivido em Moçambique ou em Portugal para apreciarem plenamente este testemunho de vida."
8. O Pedro Mota, também veterano de Maputo, deixou, hiperbólico (7 de Abril): "Acabei de terminar a leitura do “Torna-Viagem” (...) que contém uma centena de crónicas divididas entre Moçambique e Lisboa. (...) Ao que importa: O José Teixeira é dos poucos escritores que li até hoje, que tem a capacidade, o engenho e o talento de reinventar o português à medida que escreve as suas crónicas. Estas três qualidades só estão ao alcance dos predestinados: Tentei ler uma das suas crónicas do final para o princípio, e, sem surpresa, verifiquei que a verbalização inovadora permite que a crónica possa ler lida “a recuar”. Ainda há poucos meses, estava a pasmar no “D. Quixote” do Cervantes, e cruzei-me como três das muitas crónicas que o meu amigo escreve no facebook. Uma delas, creio, era sobre um funeral nos Olivais. O “Quixote” saltou para a estante, li e reli as crónicas, e intimei o José Teixeira a escrever, desde o raiar do sol até ao anoitecer. Não sei se vai obedecer à intimação, mas gostava muito que o fizesse. O José Teixeira publicou um livro que é obrigatório ser lido, por quem “vê” a literatura e a escrita como um campo por desbravar para os eleitos. Se é quase certo que todas as histórias já foram contadas, a arte máxima é reescrevê-las de uma forma distinta e superior."
9. E a maravilhosa Cristina Filipe Nogueira deixou (20 de Março) "Comecei a ler o José Teixeira há mais de uma década, num blog de um grande amigo, onde ele, tal como eu, era um comentador "residente". A sua escrita cativou-me de imediato e, desde então não mais parei de o ler. (...) De amigo "virtual ", rapidamente passou para um querido e grande amigo que me acompanha há anos. O Zé Teixeira é uma das pessoas mais cultas que conheço. Com uma experiência de vida incrível e invejável, é antropólogo , foi adido cultural em Moçambique, professor universitário, participou em inúmeras missões internacionais de acompanhamento de processos eleitorais e escreve. Escreve por e com paixão ( e que bem escreve!). Finalmente, repito, finalmente, decidiu publicar um livro, com uma compilação de textos, crónicas suas, da sua passagem por África e do seu regresso a Portugal."
Enfim, quero eu vender 200 livros do "Torna-Viagem"? Hum, verdade verdadinha eu quero é gingar com estes elogios.