Arrábida
Sei que esta é uma informação totalmente irrelevante para todos que a lerem, verdadeira "poluição comunicacional". Ainda assim aqui deixo nota que ontem me banhei, longamente, mesmo defronte àquele rochedo ilhota, em águas aprazíveis e, para minha surpresa, não gélidas. Há quase três anos, desde Aracajú, que não calcava a areia litoral. E há mais de uma década que não mergulhava no Atlântico luso, sempre a isso renitente devido às cálidas e sempre saudosas memórias austrais. Nisso, nesse ontem, assim rejuvenesci, rejuvenesço.
Depois fez-se jantar na noite longa, uma esplêndida garoupa a saciar seis adultos, em assombrosa varanda ali entre a frondosa serra, seu convento e o mar, debruado (afinal!) com a costa do Alentejo à vista. Recanto refúgio de querida amiga - de há já três décadas (pois agora elas se cumprem desde que começámos o mestrado), também actual veterana de Moçambique, tema que reinou à mesa, ainda que sem monopólio -, e da sua simpaticíssima família, que ali conheci. Mais rejuvenesci, mais rejuvenesço, esboroando este cultivado ensimesmamento.
Acordo agora e compreendo, ali ao convento terão descoberto o tal elixir alquímico, o da eterna juventude. E dele aspergiram as redondezas. Assim sendo, mais que não seja por isso, logo regressarei.
Obrigado Ana.