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Nenhures

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Embrenhado cá nas minhas coisas estive quase para não ver a final, antevendo um jogo tipo "Festival da Eurovisão", como é habitual em finais. Mesmo em cima da hora - já depois dos hinos - lá me resolvi a ir ver como iria aquilo correr. Ainda bem - não me lembro de uma final de Mundial assim, desde a de 1982... Grande Argentina! E Messi...

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(Postal no meu mural de Facebook)

1. O plano para ontem era assistir ao Portugal-Marrocos e ao França-Inglaterra. Logo adveio o infausto destino luso - algo imerecido, insisto, pois a equipa "das quinas" criou um punhado de hipóteses de golo ultrapassando o autocarro de Rabat, jogando muitíssimo melhor do que a vice-campeã mundial Croácia, a celebrada Bélgica e a mui convencida Espanha o haviam feito diante daquele antipático e infértil catenaccio berbere.

Acontecido o desastre pátrio foi patente o acabrunhamento da nossa pequena comunidade, sanguinolento neste vosso "amigo-FB" letrado e patente nos restantes presentes. Após o (longo) estupor inicial decidi ultrapassar a minha abissal vertigem suicidária através de trechos de uma bôla de carne (de Lamego) acompanhados de um tinto de Setúbal apresentado em vasilhame de cartão a 3 euros o litro, de marca esquecível e de sabor bem bebível. Fui nisso ombreado por uma das ali teleespectadoras, gentil o suficiente para aturar as algo engrandecidas memórias de vida aventurosa que fui então desfiando, nisso tentando esquecer o vazio existencial desde agora feito definitivo - o meu artificial "daqui a 4 anos há mais Mundial!" fora acolhido com evidente fastio, algo que li como uma ali generalizada descrença de que eu ainda por cá ande nessa época.

Nisso começou o conflito (de séculos) França-Inglaterra, o qual por todos foi ignorado, sem qualquer azedume pois apenas um desinteresse fruto do torpor desesperançado. "The Show Must Go On", pensámos - em réstias do recente apoio aos pupilos do cidadão Kane -, e refugiou-se o contingente num restaurante da planície vizinha, que tem os defeitos de parecer "Lisboa", em cardápio, confecção e ambiência "classe média" local. Lânguido, rebaixei-me a um hamburguer (com lâmina de queijo industrial) num pão - ao qual ali dão o patusco nome de caco, correspondente ao estado em que me sentia - acompanhado de mais um par de copos de vinho da região. E nesse longo entretanto, horas decorridas, fui ignorando a miríade de mensagens recebidas, algumas iradas (com o engenheiro Santos e avulsos jogadores), outras mesmo humorísticas. Para além das condolências recebidas de amigos moçambicanos, nas quais viria a detectar algum ligeiro e risonho sarcasmo, malévolo.

2. A alvorada de hoje recebeu-me nebulosa e chuvosa. Estou de viagem, cumpre-me percorrer cerca de 20 kms até à serra defronte ao mar, para almoço em casa amiga. Mas o pior já passou, percebo que encontrei em mim mesmo forças para enfrentar os anos vindouros mesmo sem a taça almejada no bojo. Será, é certo, uma vida triste. Mas é o fado, como antevi ontem.

3. Que retirei desta última experiência havida? Isto, o filho do jogador croata a percorrer o campo para saudar/animar o seu ídolo Neymar, este choroso após a derrota eliminadora. Em radical contraposição com o acontecido no mesmo dia, os energúmenos jogadores argentinos (encabeçados pelo benfiquista - tinha de ser - Otamendi) gozando os também devastados eliminados holandeses. E o ídolo Messi, insultando o derrotado adversário que esperava para o cumprimentar... Ocorre-me aquela piada que me contam há pouco: "o melhor negócio possível é comprar um argentino pelo preço que vale e vendê-lo pelo preço que ele julga valer!". Não, não é apenas a voluptuosa Miss que me faz torcer, com a diminuta energia que me restou, pela Croácia.

4. É geral - vê-se nos "memes", percebo-o no que leio entre os meus amigos austrais - a saudação aos bons "africanos" marroquinos, representantes dos "vencidos", de África, do "Mundo Árabe", reconquistadores do Al-Gharb, o pérfido "ocidente". Para além do meu incómodo com estas politiquices da bola, mas porque elas "fazem parte", respondo em dois fascículos: 1) "Poitiers" (ou "Tours") - sim, eu sei que a batalha é muito mitificada, e terá sido menos relevante militarmente do que diz a lenda, mas é um bom símbolo; 2) para os mais políticos pan-africanistas, com pitada de revanchismo até nisto da bola (e para os "decoloniais" que se comoveram com a bandeira palestiana nas mãos de um jogador marroquino após uma vitória), deixo apenas, e nisso com uma implícita citação do agora celebrizado José Milhazes, "Saara Ocidental". Ou seja, deixem-se de tretas...

5. Tenho as minhas ligações de FB apinhadas de postais de portugueses (e de partilhas de postais de jogadores internacionais) louvando o ídolo e grande campeão Cristiano Ronaldo. Ou seja, não exageremos, há muito ressabiamento por cá, entre doutores comentadores, jornalistas, painelistas e anónimos vis. Mas, de facto, nós-plebe adoramos o CR7!

Vou então ao almoço. Com uma garrafa de tinto de Palmela debaixo do braço.

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Muito se fala na imprensa e nas redes sociais sobre o final da participação portuguesa no Mundial-22 - até porque o seleccionador nacional Santos prometera o título. Pouco tenho a dizer, apenas lamento que Rui Patrício não tenha jogado - constato que não vejo isso referido, mas isso não me coarcta o gemido.

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[(Magnífico) Cartoon de Gargalo]

Tão falado tem sido o caso, verdadeiro drama nacional, que nem é necessário resumir os episódios que o vêm alimentando: é chegado o ocaso de Ronaldo, fenece irremediavelmente o maior atleta português, o mais célebre desportista mundial? Ou, de maneira mais chã e imediata, deve ele ser ainda titular nesta campanha do mundial de futebol? E, ainda mais, é ele ainda credor de algum apreço dos patrícios?

Grassa o azedume avesso ao CR7. O qual não nasceu agora - convém lembrar que ainda em 2013, já ia o homem basto titulado e na ombreira dos 30 anos, ainda era recebido por adeptos portugueses com provocações elogiando Messi. E quem ao longo aos tempos tenha lido jornais digitais bem terá visto constantes coros de invectivas patrícias contra ele (tal como contra Mourinho, um fenómeno similar). Saudando insucessos, anunciando-lhe a degenerescência, a queda iminente, apupando-lhe feitio pessoal e a família, jurando-lhe malfeitorias sexuais ou aventando práticas consideradas "desviantes". Muito disso terá tido uma origem linear, o clubismo: formado no Sporting ele foi mal-amado e, depois  - principalmente após um grandioso hat-trick na Suécia -, apenas pouco-amado por adeptos benfiquistas, monoteístas fanáticos sempre ciosos de garantirem o lugar supremo no panteão do King Eusébio, um pouco à imagem dos velhos (e já quase todos falecidos) sportinguistas irredentistas no clamor de que Peyroteo marcava mais golos do que Eusébio... Só que estes não tinham redes sociais nem jornais digitais para verter o fel.

Mas há uma outra razão, muito mais estrutural - cultural, se se quiser - para este azedume para com Cristiano Ronaldo, o qual agora irrompe de modo desbragado. É a sua personalidade, apupada como "egocêntrica". Nisso sendo considerada como desrespeitadora dos seus colegas de equipa e, por extensão, de todos nós, pois constitutivos da "equipa de todos nós", a sacralizada selecção nacional.  E tantos reclamam face à inexistência de "humildade" no atleta.

Isto é interessante, pois qualquer "campeão" tem de ser egocêntrico. Só se é campeão, mestre e sábio numa actividade, através de uma dedicação afectiva e intelectual extrema: o "nerd" da informática, o "grande-mestre" de xadrez, o enorme maestro clássico, o prolífico romancista, o pintor abrasivo, etc., são indivíduos que podem ser mais ou menos simpáticos mas são aquilo a que chamamos "aéreos", "distraídos", vão "na sua"... Seguem ensimesmados - o que não sinónimo de enclausurados -, egocentrados. Por maioria de razão segue isso num atleta de alta (altíssima) competição, não só uma vida dedicada a uma disciplina férrea como a uma rotina total. E em que o egocentramento não é apenas uma predisposição para o devaneio imaginativo (do excelso programador informático ou do poeta esconso) mas muito mais o desvelo pelo próprio corpo - nisso assim um Ego hipercorporizado, em que uma leve cárie, o simples quisto, o comichoso calo são prementes questões sobre si-mesmo e não ligeiros incómodos dos quais tantas vezes nós, vulgo, nos abstraímos imersos nos nossos afazeres e mundanidades, dadivosos até.

Ou seja, a "humildade" do (grande) atleta (e do grande artista, do grande criador) é para consigo mesmo, existe na fidelidade às rotinas que o potenciam e possibilitam, e a sua altivez é a descrença na necessidade dessa auto-disciplina. E o "egocentrismo" é a sua condição, sine qua non, de existência - essa existência que nós tanto ansiamos, louvamos e até cantamos, berramos e abraçamos nos momentos de gáudio.

Vejo agora constantes queixas sobre a tal arrogância desmedida do CR7, sempre comparada com a humildade (generosa) dos campeões anteriores, nossos ídolos. Mas isso é tudo falso, pois os anteriores grandes campeões tiveram processos similares, principalmente os surgidos no sempre difícil ocaso das carreiras: Luís Figo, também ele um dia eleito Melhor Futebolista do Mundo, também ele já super-estrela neste mundo globalizado, em pleno estádio português durante a orgia nacionalista do Euro-2004 zangou-se por ser substituído e fugiu para os balneários ("foi rezar à Virgem Maria", veio depois dizer o sabido Scolari, pondo àgua na fervura naquele ambiente...); Futre (eleito apenas o 2º melhor do Mundo) fez birras clamorosas no Atlético de Madrid; o agora falecido bi-bota, Fernando Gomes, protestava durante o Euro-84 estar a viver "o pior momento da carreira" por não ser titular e depois veio a entrar em conflito com o seu tão querido clube devido a ser considerado algo vetusto; António Oliveira (um génio do futebol) e Rui Jordão (outro) nem se falavam na mesma equipa, tamanho o choque de egos, para sofrimento dos sportinguistas. O Enorme Carlos Lopes, ainda que tendo sido uma criatura de Mário Moniz Pereira, teve com este profundos desaguisados após a vitória olímpica. Joaquim Agostinho, tão simbólico do povo, era uma personagem irada, e ficou célebre a birra que fez durante o Tour de France, parando durante uma etapa (dez minutos ou mais) deixando o pelotão ir embora, apenas porque não lhe deram uma Coca-Cola (o falecido Carlos Miranda contava essa e tantas outras histórias em magníficas crónicas no "A Bola"). Etc.

Enfim, os grandes campeões não podem ser "humildes" (no sentido vulgar do termo). Podem ser dadivosos, até filantropos (CR7 é-o), mas têm de ser egocentrados, extremamente ciosos de si mesmos e nisso absolutamente convictos. "Férreos" "como o aço"! E a todos custa envelhecer, pois acham que ainda têm dentro de si algo que os outros não vêem - como não viram ao longo de todos os seus trajectos. Caso contrário não são grandes campeões, serão atletas talentosos, até bem sucedidos. Mas não extra-ordinários (assim mesmo, com hífen, para sublinhar que não são pessoas normais).

Qual a razão de a tantos custar a aceitar estas características dos seus campeões - mesmo que tanto fruam dos seus sucessos, em particular os no "desporto-rei", actual paixão nacional? Porque esta gente, estes atletas, quase sempre "vem de baixo". Ou, alguns, agora, da "classe média remediada". E ascendem ao topo, o das disponibilidades económicas e ao topo das propriedades simbólicas (a visibilidade é a moeda desta vertente). Transcendem as "ordens" pré-estabelecidas, as da velha sociedade tradicional. Fazem-no com estrondo. E nisso descuram demonstrar o "respeitinho", aquele que "é muito bonito", face ao "que deve de ser", nesse entretanto retorcendo o chapéu entre mãos, servis diante do destino que os fez subir. Enquanto nós outros para aqui andamos, raisparta, nesta merda de vida...

Enfim, deve Cristiano Ronaldo jogar hoje? É evidente que a decisão compete ao seleccionador Fernando Santos. Sobre cujo trabalho já aqui opinei, sabiamente.

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(Postal no meu mural de Facebook)
 
"Ensaio" blogo-facebuquesco sobre a recepção do Mundial
 
1) Quase todas as minhas 4000 ligações-FB são com moçambicanos ou portugueses.
 
2) Entre as com os portugueses - e por ter blogado de Moçambique durante anos - tenho muitas ligações com quem viveu lá (ou em África). Neste Mundial de futebol (tal como nos anteriores) neste "universo" imensos a ele aludem.
 
3) Entre os portugueses "africanistas" é recorrente a simpatia para com as equipas africanas. Como eu, agora a apoiar o Gana ou o Senegal - este mesmo com a equipa pejada de (também) franceses, o que é um (mais) um caso interessante de inversão da "apropriação", que escapa à atenção dos doutos "póscoloniais", pois não lhes cabe na esquemática cartilha denunciatória, pejada de referências bibliográficas ao Prof. Maniqueu.
 
Tais simpatias vêm por questões mesmo afectivas: de "identidade" (alguns consideram-se africanos, normalmente - mas não sempre - por terem nascido no continente). Ou por "identificação" - uma simpatia acrescida, às vezes mesmo uma empatia desejada (falo por mim, mas estou certo que não vou só nisso).
 
4) Outros portugueses, uma minoria, que também surgem a torcer por equipas africanas, mas com outro substrato, não ancorado em vivências biográficas mas sim "intelectuais". Refutam em geral o tradicional domínio dos "europeus", e neste caso o futebolístico - e a isso vão associando um desdém afirmado pelo futebol, fenómeno de massas que os desconforta mas que, ainda assim aceitam positivo para a afirmação "africana". Como se naqueles austrais contextos sociais seja ainda algo aceitável o domínio da "emoção" da bola, enquanto para nós se exija a vigência da "razão" além-bola. São doutores (licenciados, mestres, doutorados), papagueiam o velho Senghor, e de forma treslida, e nem percebem que o fazem, "progressistas" "decoloniais" "alterglobalistas" que se imaginam. São os blasés. Ou, em bom português evitando galicismos, os "tugas", com tudo o que de pejorativo tem o termo, sinónimo de nhurro, grunho.
 
5) Entre as minhas ligações moçambicanas muito se fala de futebol. Até mais do que entre as portuguesas. Ao longo dos anos constatei o reforço dos clubes de "Messi" (mais) e de "Ronaldo" e o crescimento da influência dos clubes europeus - primeiro via rivalidade Real-Barcelona, hoje dos grandes ingleses, que coabitam com simpatias pelos 3 grandes portugueses e seus despiques.
 
No Mundial é interessante dar uma leitura diagonal no que se vai dizendo: há muitos que discutem (e torcem) pelas grandes equipas (Brasil, Messi, França, etc.) e por Portugal. E ao mesmo tempo pelas equipas africanas - em muitos casos almejando o seu fortalecimento até ao nível dos grandes mundiais e lamentando as ainda fragilidades. Há nisto algum "pan-africanismo", o desejo que quaisquer das selecções do continente sigam em frente. (Algo aparentemente muito similar ao que refiro nos pontos 1, 2, 3). Mas há discussões muito interessantes - que os tais meus patrícios "decoloniais" incompreendem, talvez por o Prof. Maniqueu não lhes ter dedicado ensaios.
 
Por um lado, a relação com os sucessos de equipas como a Tunísia ou, em particular, de Marrocos. Festejar, apoiar essas equipas africanas? Pois, e é recorrente ler isso, são "brancos"... Ou, contrapõem alguns, "os árabes não são brancos", nisso aceitando alguma simpatia, qual um mal menor - e lá regressa a velha tarefa racializadora oitocentista, agora actualizada nos campi norte-americanos... E enfim, lá se vistoriam (policiam?) as simpatias pelos algo confusos critérios raciais.
 
Por outro lado, caem os ditirambos sobre aqueles que vêm aos murais do FB torcer - ou mesmo apenas atentar - nas fortes selecções europeias (grande Croácia, magnífico Modric por exemplo). É comum ler serem esse chamados de "colonizados", "colonizados mentais" - e nisso os nossos doutores "decoloniais" já devem concordar...
 
6) Enfim, no próximo Inglaterra-França lá torcerei pelos ingleses (efeito da mais velha aliança do mundo? vingança pelas invasões napoleónicas?). E no Holanda-Argentina pelos de Messi estarei (raiva pelas investidas seiscentistas contra as nossas possessões imperiais? vínculo à latinidade?). No Brasil-Croácia?, pela equipa do Grande Modric (europeísmo fundamentalista?). Ou serei eu, pois branco europeu tão superior aos vínculos histórico-culturais, às derivas políticas e às paixões raciais que posso ter adesões estético-afectivas nas coisas bola, contrariamente aos povos negros, algemados à sua "natureza" histórica, que lhes estipula uma ética de adeptismo?
 
7) No Portugal-Angola do Mundial de 2006 fui com o Idasse e o Noel Langa (e talvez o Marcelo Panguana, mas não tenho a certeza sobre ele) ver o jogo a um grande complexo no bairro de Benfica. Estavam centenas de pessoas, ali diante do ecrã gigante. Depois do jogo actuaria Wazimbo. Estariam apenas meia dúzia de portugueses - gente tarimbada em Maputo pois ali e não num Bairro Central qualquer... um dos quais na nossa mesa, longa, corrida, com dezenas de pessoas. Chegámos cedo, ambiente festivo, corriam as 2M, vinham moelas, galinhas, amendoim. Eu nisso decerto que algo excessivo, pois no nervoso miudinho, habitual nos jogos, ainda por cima estreia de Mundial após o Euro-2004... As conversas corriam, gargalhadas, e a constatação era evidente - toda a gente estava a torcer por Angola, excepto a tal meia-dúzia de patrícios, num bem dito "pela equipa africana" mas também num avesso, ainda que sorridente, ao "xi-colono".
 
Começou o jogo, a nossa belíssima equipa - a melhor de sempre em Mundiais - a enlear. E logo Pauleta marcou. Toda aquela gente se levantou num grito de "Golo!" em uníssono, festejando em abraços e sorrisos!!!!
 
Estavam todos "colonizados"? Claro que não o estavam nem estão. Pois as paixões no entretenimento desportivo não são legíveis pela política linear. Muito menos pelo estupor racista. Nem - e isso é importante para o meu contexto - pelo blaseísmo lisboeta.

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