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Nenhures

Nenhures

29
Out24

As canhoneiras de Manchester

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Acorda Lisboa com o pérfido John Bull ocupando o estuário do Tejo, suas ferozes canhoneiras apontadas ao Estádio de Alvalade. Urge, como nunca, o sobressalto colectivo, o "às armas!", o "marchar contra os bretões". O "desacato" patriótico. Leonino.

04
Ago24

Sporting - uma derrota histórica

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Em futebol o Sporting tem algumas derrotas históricas, impressionantes. Nas meias-finais da Taça das Taças com o Magdeburgo, muito esquecida porque foi em 24 de Abril de 1974. O clube alemão não fez história, o Sporting era-lhe superior, a final europeia estava ao alcance e só 30 anos depois se conseguiu uma outra. A dolorosa derrota na última final da Taça UEFA em 2005, com o CSKA, no próprio José de Alvalade. E, claro, os célebres 3-6 contra o Benfica, abalroando uma extraordinária equipa do Sporting (talvez a melhor que já vi), que tudo tinha para encetar um percurso vencedor.  Todas elas foram explicáveis, para além dos talentos alheios. A de 1974 terá tido razões, mas era demasiado novo para disso me lembrar. A de 2005 foi normal - uma final diante de uma boa equipa - mesclada com o azar constituinte do futebol: erros individuais, uma bola enviada ao poste alheio que sacudida para contra-ataque originou golo alheio. A frente ao Benfica é famosa, e sempre revivida, muito devida a erros tácticos na tentativa de virar o resultado.

Ontem diante do Porto, ainda que na modesta Supertaça, foi a quarta derrota histórica. Não só pelo inédito 3-4 depois de um 3-0. Mas por muito mais do que isso: uma equipa campeã, dita como reforçada, até impante nisso. Diante de uma equipa de um clube em polvorosa, depois de um convulso final de ciclo presidencial de 40 anos, sem dinheiro nem reforços, um plantel parecendo remendado, com um novo técnico que ascendeu em reboliço. E o Sporting desabou. Insuflando o Porto, equipa e clube. Devastando o moral próprio, anunciando péssimas consequências. E sem nada alheio que justificasse o acontecido. Surgindo como equipa sem ponta por onde se lhe pegue...

Uma derrota histórica. E uma enorme trapalhada. O odor do rotundo fracasso instalou-se.

27
Jun24

Manel Fernandes

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Morreu o Manel Fernandes, o nosso eterno capitão. (Aqui no seu cromo da Futebol 77, já depois de ter vindo da CUF). O Manel era a "bola", o verdadeiro futebol. E o Sporting.

Aplausos. Em ovação.

 

*****

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A colecção "Futebol 77" (os cromos da época 1976/1977) nas páginas centrais da caderneta tinha esta hipótese, o coleccionador arvorar-se em selecionador por um jogo. A minha equipa para o jogo contra a Polónia (a então poderosa de Lato), em 16.10.1976, era esta, claro que com o Manel Fernandes a titular:

Damas, Artur, Laranjeira, José Mendes, Pietra; Octávio, Alves, Fraguito; Manel Fernandes, Nené, Chalana.

14
Mai24

A Adega do Isaías, 30 anos depois...

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É o "A Bola", claro, sempre consabido e fiel órgão oficioso de uma popular agremiação lisboeta, que recorda a efeméride: hoje, aos 14 de Maio de 24, cumprem-se exactamente 30 anos que jantei no "Adega do Isaías", então renomado restaurante em Estremoz.

Regressara há poucos dias a Portugal, depois de ter trabalhado durante 3 meses na África do Sul como observador eleitoral, aquando da ascensão de Nelson Mandela à presidência. Fora uma experiência extraordinária, exaltante, imensamente marcante, e não só por ter sido a minha primeira viagem em África. Tanto que a tentei descrever, e à influência que em mim teve, através de dois postais, distanciados no tempo: o "Now is the time: Nelson Mandela" e o "O Corredor" - e a ambos coloquei na minha selecção de uma centena de crónicas, o "Torna-Viagem" (o qual, repito a tentativa de o impingir, se pode encomendar através desta ligação aposta no título).

Naquela época (e não só então, e não só então...) eu estava muito enlevado - para não dizer de outra forma - pela minha namorada, condição que já não era recente. À chegada, saudoso, logo marcámos para o primeiro fim-de-semana uma incursão a Estremoz, uma bela opção havida por razões que já não recordo. E assim avançámos, ficando albergados numa linda casa em recanto bucólico, até idílico, poiso que decerto veio depois a ser considerado "de turismo rural". 

Ao segundo dia da estada, no sábado, aconteceria o Sporting-Benfica, em plena fase final do campeonato, esse que estava destinado ao nosso Sporting, então possuindo uma magnífica equipa: treinada pelo professor Queirós, que à pátria dera recentemente dois tão entusiasmantes títulos mundiais, blindada por uma excelente parelha de centrais (Valckx e Vujacic), dificilmente repetível, e orlada por um meio-campo luxuoso, esse sim mesmo irrepetível, verdadeiros "Quatro Violinos" (Figo, Capucho, Paulo Sousa, Balakov). E para conclusão, lá na frente impunha-se o codicioso avançado Jorge Cadete, oriundo da antiga Porto Amélia, então já Pemba - terra para onde eu me aprestava a partir para um também entusiasmante semestre de "trabalho de campo".

O jogo teria transmissão televisiva. No nosso refúgio havia uma televisão, algo que à chegada eu havia considerado inútil, até intrusivo, em tal local. Durante a tarde a beldade, sempre completamente alheada das coisas do futebol, disse-me "vês o jogo e depois vamos jantar", ao tal restaurante que nos havia sido basto recomendado, dito como "o" verdadeiro sítio estremocense. Logo refutei a proposta, pois era o que faltava, abstrair-me dela apenas por causa de um mero jogo da bola... Pois o Amor impunha a sua Lei, em regime de "servidão voluntária", como havia dito o La Boétie (falando, é certo, de outras coisas). Assim abdiquei de ver a partida, imunizando-me às vãs paixões futebolísticas, e naquele fim de tarde fomos passear pelas redondezas. Nunca soube se ela percebeu a magnitude daquela minha atitude, o seu significado - mas é certo que depois casou comigo, tivemos uma filha, e aturou-me mais vinte anos, é capaz de ter compreendido...

Pela hora de jantar (jogo da bola completamente esquecido) entrámos em Estremoz e fomos até ao tal "Adega do Isaías". Uma casa aprazível, numa decoração típica, mais que acolhedora, até reconfortante, de cariz etnográfico, na mesa para nos receber foram instalados uns acepipes iniciais consuetudinários, lembro-me que de fino recorte técnico. Mas num dos topos da sala estava uma televisão - ainda nada de ecrãs engrandecidos que vieram depois a vigorar -, e diante dela estavam congregados alguns clientes locais. No recato da disciplina auto-imposta sentei-me de costas para ela, encarando a amada. Nesse entretanto, e através do empregado "...do Isaías". soube - teve de o ser - estar o jogo no intervalo, que o Benfica ganhava por uns (inusitados) 3-2. Acolhi o prometedor cardápio com um sorriso complacente, convicto que aconteceria a reviravolta ("remontada", espanhola-se agora) do nosso Sporting, e divergi a minha atenção. Ainda assim pelo canto do ouvido notei que na reentrada em campo o prof. Queirós havia tirado o lateral-esquerdo Paulo Torres...

E logo depois o ulular dos restantes clientes fez-me notar que o Isaías - não o do restaurante mas sim o jogador do Benfica - cavalgara à desfilada pela avenida onde já não estava o tal Paulo Torres e marcara o 4-2. Petisquei mais uma lasca de enchidos locais, entrecortados por azeitonas verídicas, ainda mergulhado na carta dos vinhos. Breves minutos passados, ainda rodando o primeiro copo de um bom tinto, que me acalentava sonhos de futuros comuns, o "Isaías" restaurante tremeu com a gritaria estremocense, pois o outro Isaías -. o de Carnide - tornara a cavalgar, com os sequazes, a tal avenida desprovida do Paulo Torres, fazendo o 5-2. Mantive-me impávido, soberbo, nem olhei para o ecrã. Naquela "Adega do Isaías" indiferente aos feitos do Isaías.

Nunca mais voltei a Estremoz. E ainda hoje estou crente de que a minha vida teria sido diferente se o Paulo Torres não tivesse sido substituído.

(Adenda: agradeço à equipa da SAPO o destaque dado a este postal - também colocado no Delito de Opinião - na simpática rubrica "Palavras de blog", devido à "consuetudinários" que aqui usei.)

07
Abr24

Bayete Catamo

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Em finais de 2021 eu - como se comprova, sendo um muito competente "olheiro" (os patetas ignorantes agora falam de "scouting") - aqui saudava a chegada do jovem moçambicano Catamo ao plantel do Sporting, augurando-lhe grande futuro. E ao assunto voltei no início desta época, exigindo também a sua manutenção no plantel.
 
Assim sendo, creio que vos será possível imaginar o sorriso gigantesco com que ontem me deitei. Um cúmulo: tal como aqui anunciara, estivera desde o fim da tarde no recomendável Roda Viva, restaurante moçambicano em Alfama. Ali organizara o "lançamento" do meu livro "Torna-Viagem" - que é louvado mas não tanto comprado... Apareceu um largo punhado de amigos - alguns vindos de bem longe, outros vindos de eras muito recuadas... E até família - a minha irmã, comparecida para evitar que eu dissesse palavrões, e cunhados, a apoiá-la na nobre e pedagógica missão.
 
Encheram-se as duas salas e a viela, enquanto se comiam as prometidas (e devidas) badjias e chamuças. Depois do cerimonial livresco - no qual falou o Fernando Florêncio e perorei eu - e do animado convívio avulso, umas quatro dezenas de presentes decidiram jantar ali mesmo, tendo tecido loas ao repasto. Enquanto eu cirandava de mesa em mesa foram-me informando da evolução do resultado. Houve júbilo no final do jogo, ali em Alfama.
 
Pela 1 da madrugada recolhi a casa, tão contente que quase feliz. E vi a gravação do jogo. Só então percebi que fora a noite de glória do Catamo! Neste meu dia não podia ter sido melhor!!! Bayete Catamo!!!,* disse ali no seu segundo golo, mesmo no final - na sequência de um inenarrável roubo do árbitro, a querer levar o Benfica ao título, uma escandaleira.
 
Ao acordar leio uma mensagem, amigo moçambicano desde Maputo, dizendo-me que ao ver o jogo do Geny se tinha lembrado daquele meu antigo postal sobre o rapaz. Profético, profético... Enfim, apenas posso dizer, modesto: "sublinhem as minhas palavras!"
 
* Bayete - saudação destinada a um Chefe relevante no universo linguístico tsonga.

23
Out23

Catamo

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Há já dois anos fiz um postal "Hoyo-Hoyo Geny Catamo", augurando belo futuro ao jovem moçambicano que despontava no nosso Sporting. E há poucos meses insisti, torcendo para que o jogador ficasse no plantel principal do clube, quando se falava de mais um empréstimo, para "rodar". 
 
Ontem, para a Taça de Portugal, o Sporting foi jogar contra os tipos de Moscavide - que os "Olivais" que eles apregoam são do lado de cá, como é bem notório.
 
Parece que o jogo ia modorrento (não o vi), até se antevia o sempre temível "Aconteceu Taça" - isso que nos aconteceu na época passada, soçobrando diante dos secundários poveiros. Mas Amorim fez entrar Catamo e este virou a coisa, mostrando-se, num passo mais da sua afirmação.
 
Hoje os jornais desportivos portugueses têm estas capas, que aqui reproduzo para delas dar conhecimento aos amigos moçambicanos. Ainda será cedo para clamarmos Bayete Catamo! Mas... o rumo parece vir a ser esse.

03
Set23

Salif Keita

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Viver é ver morrer os nossos, os queridos e os ídolos, um contínuo desmate afectivo. Morreu agora Keita (o Keitá! dos locutores radiofónicos de então, Salif Keita Traoré), o enorme jogador maliano, uma estrela daquela época - e hoje seria uma macro-estrela global... - que o Eterno Presidente, Senhor João Rocha, teve artes de trazer para o Sporting.

Na época o divino Vítor Damas partira para a malvada Espanha, de onde nada de bom vinha, o herói Agostinho andava pelas Franças aos (gloriosos) terceiros lugares, e o nosso Hermes Carlos Lopes fora ultrapassado pelo finlandês Viren. E Yazalde transferira-se - pela fortuna de 12 500 contos (60 mil euros) - para Marselha, bem antes do malandrete Tapie lá mandar. O nosso panteão estava um bocado desertificado, enquanto os atrevidos lampiões controlavam o Portugal do PREC como o haviam feito no ocaso do Estado Novo, e a diabólica parelha Pedroto-Pinto da Costa começava as suas tétricas manigâncias, que ainda hoje perduram.

Mas no José de Alvalade ascendeu uma Trindade, em avatar de "tridente" (como então não se dizia), a preencher-nos o culto. Eram o sempre nosso "Manel" (Fernandes), o fabuloso Rui Manuel Trindade (lá está) Jordão - o que teria este avançado hoje em dia, um génio do futebol! E Keita! Chegado já trintão, veterano de inúmeras pelejas, fugido de Espanha - tal como Jordão - por razões de maus-tratos rácicos na imprensa (os tempos de então eram bem piores do que os de hoje). Classe pura, distribuindo júbilo pelas bancadas - ainda me lembro, ele, mesmo já o tal veterano, a meter a bola por um lado do defesa e a ir buscá-la pelo outro, que jogador é que faz isso hoje, todos amarrados às tácticas, à "posse de bola" e às "coberturas"?... Era o Maior!

12
Ago23

Este Ano É Que É!

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Há uns (largos) anos - ainda na era dos blogs, eu no ma-schamba em Moçambique - um amigo disse-me, até pesaroso, "tu expões-te demasiado". Expliquei-lhe que não era verdade e ele anuiu: pois ninguém sabia, nem sabe (via blog) o que me vai na "alma", o que se me passa no íntimo. Que era (então) antropólogo, que leccionava, pai de filha (eu fiz um bocado de babyblogging). Que adorava aquele país (sem de lá ser), que compreendia Sócrates, homem como eu, mas abominava (e abomino) os seus apoiantes (vermes imundos), que compreendia o azedume dos "retornados", vítimas da História, mas que não era o meu, nem pouco mais ou menos, que leio um bocado mas não sou "conhecedor" nem me alcandoro a tal. Do resto, de aflições, anseios e amores, ninguém o sabia (via blog). Não estava exposto. Agora passaram os anos, trambolhões nunca ditos (em blog). Neste último ano de pré-sexagenário ainda vou com anseios, nunca expostos - vá lá, em blog deixo entrever o sonho de deter alguma arte ao fogão, ascender a uma caixa de Queen Margot em vez de escorropichar este restinho que me sobra. Mas nada mais, o morcão irredutível sobrepõe-se ao escombro, pois "gajo que é gajo não dá o flanco".
 
Dito isto, venho-me desnudar, strip-tease moral total: saúde e felicidade da filha e da parentela (a consanguínea e a espiritual) à parte, resta isto que hoje (re)começa. Este Ano É Que É!! Pois todas as outras taças que se lixem. Que venha o título, que em Julho chegue eu aos 60 com o sorriso do "somos campeões!". O resto? Isso sim, a tal de vida, é que é o placebo!

31
Jul23

Geny Catamo

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Há dois anos que clamo "Hoyo-Hoyo, Geny Catamo", torcendo para o jogador se firme no plantel principal do meu Sporting. Nas últimas décadas têm escasseado os jogadores moçambicanos no nosso clube - nos já longínquos 80s vieram Calton, um grande jogador mas então no ocaso da carreira, e Aly Hassan, um médio elegante que não teve grande sucesso. Pouco depois foi Chiquinho Conde, apenas uma fugaz época de notoriedade. E há 20 anos veio Paíto, um bom lateral-esquerdo mas que não conquistou a titularidade.
 
Agora há Catamo, um jovem no Sporting desde 2019 e que tem vindo a ser emprestado, "para rodar" como se diz na gíria. O menino cresceu e já tem 21 anos. Antes da pré-temporada foi logo anunciado como excedentário. Mas nestes jogos de preparação tem entrado e marcado. E ontem, na apresentação já em Alvalade contra o Villareal (3-0), entrou a meia-hora do fim. Jogou e encantou, atrevido, sem medo a querer mostrar que o lugar dele é ali, dono de drible mágico, lesto a escapar-se aos adversários, rijo a opor-se-lhes, levantando ovação nas bancadas. E dando golo a marcar. 
 
Geny Catamo não engana, é daqueles jogadores "alegria do povo". Espero que não o remetam para mais uma época "emprestado", num qualquer clube secundário que não lhe dê espaço para arriscar, brilhar, crescer, como antes aconteceu. Em nome de uma qualquer solidez "táctica". E que assim fique no plantel. Para que nós agora no estádio possamos gritar "Ó Rúben, mete a opção!"...*E o resto, a titularidade, ver-se-á depois...
 
(* Alusão a uma velha expressão dos benfiquistas: nos 1970s - em jogos com mais dificuldade para abrir os "ferrolhos" defensivos adversários - gritavam ao então treinador, o luso-moçambicano Mário Wilson (dito "Buda"), "Ó Buda, mete a opção!", isto para que ele fizesse jogar Jorge Gomes, o ponta-de-lança brasileiro que foi o primeiro estrangeiro a jogar por aquele clube.)

 

Bloguista

Livro Torna-Viagem

O meu livro Torna-Viagem - uma colecção de uma centena de crónicas escritas nas últimas duas décadas - é uma publicação na plataforma editorial bookmundo, sendo vendido por encomenda. Para o comprar basta aceder por via desta ligação: Torna-viagem

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