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Moonlighting: S1 - Best of David Addison (Bruce Willis)
"Modelo e Detective" (Moonlighting) era uma delícia. Ela (Cybil Shepherd) lindíssima e divertida, ele (Bruce Willis, antes de ser "o" Bruce Willis) engraçadíssimo. Devo ter visto e revisto todos os episódios, naqueles magníficos finais dos 1980s. Do resto do que Bruce Willis fez lembro o "O Sexto Sentido" e o "Pulp Fiction" - das coisas mais sobrevalorizadas de sempre (excepto a boa banda sonora e o parelha Travolta/Jackson que era divertida). Os outros filmes são-me uma amálgama de zapping que não distingo, excepto, como é óbvio, um filme "africano" com a Bellucci. E este por razões que serão óbvias. Enfim, está doente, acabou a carreira. É mesmo o fenecer, constante, da nossa geração.
O Paulo Dentinho é um jornalista da RTP que, entre inúmeras outras tarefas, foi correspondente em Moçambique entre 1997 e 2000, papel no qual se muito se notabilizou. Foi então que nos conhecemos. E, decerto que pelo gosto nas memórias dessa época, de vez em quando tem a paciência de me aturar à mesa, local onde peroramos sobre os bens e os males do mundo.
O Dente é um grande repórter - o que se nota ainda mais num país onde escasseia esse tipo de profissional. E é um gajo porreiro, algo que em alguns segmentos da vida também escasseia. Enfim, há alguns anos um governo dito de "centro direita" - e o qual ele zurzia sistematicamente, algo "gauchiste" que segue - convidou-o para chefiar a informação do canal estatal, coisa inusitada no país que somos. Funções que exerceu durante alguns anos, seguindo com evidente sucesso a sua deontologia de "jornalista não amestrado". Passados alguns anos um outro governo, dito de "esquerda", substituiu-o, o que é normal dado não serem eternos os cargos. E por ser conhecido o apreço possidente pelos "amestrados", funcionários ou avençados. E a RTP emprateleirou-o, o que já não me parece assim tão normal. Ainda que seja, sabe-se, habitual.
O José Navarro de Andrade (de quem sou co-bloguista no Delito de Opinião e no sportinguista És a Nossa Fé) estreou a semana passada o seu programa de entrevistas "Vamos Beber Um Café..." - que passa na RTP2 mas pode ser visto ad aeternum na RTP Play. O Navarro tem a coisa (muito) boa de ser um entrevistador que interpela os seus entrevistados, assim evitando a conversa mole e as proclamações autorais, até pomposas (estas muito em especial habituais nos consagrados). Vi hoje à tarde o primeiro programa: tem uma entrevista muito interessante com a escritora Djaimilia Pereira de Almeida (que acaba de publicar o romance "Maremoto"), a qual nunca li mas que decerto irei ler depois de a ver aqui. Pois é uma entrevistada como deve ser, sem poses, sem "atitudes", e cheia de pertinência e entusiasmo a falar do seu livro e da sua escrita. Segue-se uma entrevista com o escritor Jaime Rocha, a propósito da sua peça versão da "Filoctetes" de Sófocles - e de repente um tipo pode ver uma interessante e animada conversa sobre tragédia grega e sua refracção actual. Coisa rara e preciosa nos tempos actuais.
Deixo as entrevistas para quem tenha vagar...
(Vamos Beber Um Café..., episódio 1: entrevista a Djaimilia Pereira de Almeida)
(Vamos Beber Um Café..., episódio 1: entrevista a Jaime Rocha)
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