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Nenhures

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Quando há meses morreu o coronel Carvalho, antigo dirigente do movimento terrorista FP-25 que assombrou o país nos anos 80s, bloguei (1, 2) - e recordei um recuado texto sobre o otelismo - uns textos resmungando contra o vil culto que alguns lhe prestavam. Há menos tempo repeti o resmungo, face à falsificação da história feita por um professor de Coimbra, colunista habitual do boletim "Público", que surgiu a invectivar de antidemocratas os que não louvam o líder da organização assassina. Numa abjecta manipulação da história, que colhe o silêncio cúmplice da corporação a que pertence. Claro que um tipo bota coisas destas e é logo dito "fascista"...
 
 
Mas note-se esta notícia: Soares Neves, o "TóZé" dirigente terrorista das FP-25, condenado a 15 anos de prisão, pena que não cumpriu ["não pagou a dívida à sociedade", na vox populi] devido à amnistia promovida devido ao perverso imbróglio jurídico daquele processo, tem integrado júris no Centro de Estudos Judiciários nos concursos de acesso à magistratura. E é agora subdirector do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE (uma universidade pública), e ainda director do diretor do Observatório Português das Atividades Culturais do ISCTE [que faz avaliações das políticas governamentais].
 
Isto é inenarrável. Alguns (dos crentes das virtudes do assassinato indiscriminado como meio de acção política ou dos patetas do charro grandolado) dirão que é legítimo. Deixemo-nos de coisas, isto não se trata de criticar (qual filme americano "liberal") os obstáculos à reintegração social dos cadastrados pobres punidos por delitos comuns. E não é invocável (principalmente por gente de esquerda, sempre com algum tipo de bagagem marxista e, neste caso, de reflexão sociológica) a balela a-sociológica da "meritocracia", consagrando o mito do individualismo, do "empreendedorismo" intelectual do homem. Tal como não se trata de reservar os lugares da função pública a apoiantes de determinadas correntes políticas - algo que vai acontecendo implicitamente, por desvio de partidarite, mas sem vínculo formal à exclusão ideológica.
 
Pois do que realmente se trata é de não poder o Estado ser poroso a este tipo de gente. Não podemos ter um terrorista, ainda para mais tendo sido isento ao cumprimento de pena adequada e relapso à retractação pública das suas malevolências políticas, a fazer a selecção dos futuros juízes. E a dirigir institutos universitários públicos - que até avaliam os governos. Isto, o para-sempre "TóZé", é inaceitável. Os terroristas não podem ter lugar no Estado, as instituições não os podem consagrar. E eles não podem nem seleccionar nem avaliar quem trabalha no Estado (e logo os magistrados, ainda por cima) e como  este funciona.
 
E quem não percebe isto é contra o 25 de Abril. Por mais "Grândolas" que trauteie. Charros que fume. E ênfases que bolce.
 

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