17
Set23
Woody Allen na Cinemateca
jpt
A organização pediu que não se fotografasse o senhor Allen e eu cumpri. A imagem retrata o imediato após a sua saída de sala. A sua charla foi simples e muito agradável, deixou explícitas as influências mais marcantes na sua escrita, narrou alguns detalhes sobre o início da sua carreira, tanto na escrita como na representação, e também na realização, abordou a importância para a sanidade do olhar cómico, restringiu-se a um homem "com muita sorte". E culminou - diante de um intrometido tonitruante da assistência que o convocou a filmar em Portugal - dizendo o mais ou menos óbvio, que o poderá vir a fazer se para isso tiver "uma ideia", condutora. Rematando que talvez "com sardinhas", o que mostra bem que algo conhece do país. Nesse entretando fui comovido nisto de estar sob o mesmo tecto dele.
O seu interlocutor foi Ricardo Araújo Pereira, que esteve muito bem nessa função - também por se lhe ser evidente um natural, e mais do que justificado, até devido, nervosismo. Há meses vira-o na Feira do Livro conversar com o excelente Jerónimo Pizarro e gostara. Mas ontem ser-lhe-ia mais difícil. Esteve muito bem.
Depois viu-se o Manhattan, a magnífica falsa comédia, sempre tocante.
Muito obrigado à minha querida família, que à última hora me meteu na sala pela porta da frente, eu que há muito já havia desistido de lá ir, dadas as notícias (verdadeiras) da multidão que acorrera à Cinemateca, perfilando-se até quase ao São Jorge na esperança de ainda conseguir assistir a este encontro..
(Agradeço à plataforma SAPO o destaque dado a este postal)